CDU diz que estatísticas não traduzem dimensão das carências
25 de ago. de 2020, 09:28
— Lusa/AO Online
Marco Varela, coordenador regional do PCP e
primeiro candidato pelo círculo regional de compensação nas listas da
CDU/Açores às eleições legislativas regionais de 25 de outubro,
considerou que, “infelizmente, as estatísticas não traduzem na sua
globalidade tudo o que é carência na região, desemprego e emprego sem
direitos”.O dirigente comunista falava em
Ponta Delgada, na apresentação dos candidatos pelo círculo eleitoral de
São Miguel e reagia, assim, a Carlos César, que, no sábado, numa
iniciativa promovida pela Juventude Socialista (JS) dos Açores, afirmou
haver "muita economia informal" na região, "muita economia não
declarada", de "rendimentos não detetados"."O combate à pobreza é um combate essencial", prosseguiu, mas "os Açores são menos pobres do que se diz".E justificou: "As famílias têm mais rendimento do que a estatística aparenta".Marco
Varela aproveitou para recordar que uma proposta comunista que foi
aprovada, por unanimidade, na Assembleia da República, relativa à
majoração do subsídio de desemprego aos ex-160 trabalhadores da Cofaco,
da fábrica da ilha do Pico, “ainda não foi aplicada”, sendo a sua
aplicabilidade da “responsabilidade do Governo do PS”.O
dirigente partidário considerou que um bom resultado nas próximas
eleições regionais é melhorar o resultado eleitoral e conseguir mais
deputados no parlamento regional.O líder
da CDU/Açores considerou que a lista apresenta por São Miguel, liderada
pelo professor e sindicalista Rui Teixeira, “prova que a coligação se
renova, mantendo-se fiel aos seus princípios e ideias”.O
coordenador regional do PCP declarou que a coligação apresenta no seu
projeto eleitoral um conjunto de “propostas inovadoras na área da
economia, social, cultural, desportiva, no ambiente, nos transportes e
saúde”, entre outras.Além de Rui Teixeira
por São Miguel, a CDU/Açores apresentou já os cabeças de lista Paula
Decq Mota, filha do líder histórico do partido na região, José Decq
Mota, pelo Faial, Pedro Pessanha, por São Jorge, e Daniel Jacob, pelo
Pico. Os açorianos vão ser chamados às
urnas em 25 de outubro para elegerem a nova composição da Assembleia
Legislativa Regional, num arquipélago em que o PS governa há 24 anos.Vasco
Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as
legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve
16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos, na procura de um
terceiro e último mandato como chefe do executivo.Antes dos socialistas, os sociais-democratas governaram por 20 anos a região.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu as eleições com
46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento
regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19
mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).O
BE, com 3,6% dos votos, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com
2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.No
mais recente ato eleitoral, para as legislativas nacionais de 2019,
estavam recenseados e aptos a votar nos Açores 228.975 eleitores.