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ainda líder da CDU, também conhecida como AKK, confirmou a data à
imprensa depois de uma reunião da direção do partido, hoje em Berlim.“A
eleição do novo ou nova presidente deve enviar um sinal claro” de que
essa pessoa será também “candidato ou candidata a chanceler”, sublinhou
AKK.Apenas uma candidatura à liderança da
CDU foi anunciada até ao momento, a do ex-ministro do Ambiente da
Alemanha e presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros,
Norbert Röttgen.Outros três membros do
partido são considerados favoritos na corrida: o ex-líder do grupo
parlamentar da CDU Friedrich Merz, o chefe do governo regional da
Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet, e o ministro da Saúde, Jens
Spahn.A CDU atravessa uma crise política
devido a uma série de derrotas eleitorais e persistentes divisões
internas entre uma ala mais centrista e uma outra mais conservadora.A
“gota de água” que levou à demissão de AKK foi a decisão da CDU do
estado da Turíngia (leste) de desafiar instruções explícitas da líder e
romper o “cordão sanitário” contra a extrema-direita, aceitando
colaborar com a Alternativa para a Alemanha (AfD) para afastar o governo
liderado pela Esquerda.No domingo, as
eleições em Hamburgo (norte) acentuaram a série de perdas eleitorais,
com a CDU a sofrer a sua pior derrota do pós-guerra, com 11,2% dos votos
(menos 4,7 pontos percentuais que nas anteriores regionais), atrás do
Partido Social-Democrata (SPD) e dos Verdes.Annegret
Kramp-Karrenbauer, 57 anos, que sucedeu a Angela Merkel na liderança do
partido em dezembro de 2018 e era considerada a favorita da chanceler
para lhe suceder na chefia do Governo, anunciou a demissão a 10 de
fevereiro.Angela Merkel, 65 anos, desde
2005 na chefia do governo alemão, anunciou em 2018 que não se
recandidata ao cargo nas próximas eleições federais, previstas para
outubro de 2021.