CDU/Açores afirma que gare marítima na Praia da Graciosa está “mal preparada”
24 de jul. de 2020, 14:38
— Lusa/AO Online
Segundo
uma nota de imprensa dos comunistas, a abertura da linha branca da
transportadora marítima Atlânticoline “veio trazer uma maior afluência
de passageiros, facto em si muito positivo", mas a ilha "continua mal
preparada para receber visitantes, a começar pela própria gare
marítima”.A CDU/Açores refere que as
restantes gares açorianas já contam, na sua maioria, com um tapete de
receção de bagagem, um posto de informação turística e um local limitado
à circulação de passageiros, pelo que “existe uma distinção clara entre
as zonas de descargas/cargas comerciais e as de passageiros”.“No
caso da gare da Graciosa nada disto acontece: mas são estas simples
distinções que facilitam a operacionalidade do porto, tal como a sua
segurança, e as infraestruturas adequadas acabam por trazer comodidade e
bem-estar a quem as frequenta”, refere-se no comunicado.A
coligação afirma ainda que “é notória a falta de operacionalidade do
porto da Praia, onde as empresas marítimas-turísticas embarcam os
passageiros todos no mesmo local” e, “enquanto uns passageiros embarcam,
os outros têm de aguardar a sua vez”.Além
do acesso marítimo, A CDU/Açores considera a requalificação patrimonial
da ilha “uma prioridade”, apontando que no caso do Porto Afonso, este é
um “local qualificado, mas quem o frequenta só encontra uma só palavra
para o qualificar: abandono”.Segundo a
CDU/Açores, o Porto Afonso é também um local de nidificação de cagarros e
garajaus, característica esta que “deverá sempre ser tomada em
consideração”.Os comunistas defendem que
os produtos locais, além de serem apoiados, devem ser alvo de uma nova
campanha de 'marketing' e de melhoria na exportação.Tomando
como exemplo o facto da Graciosa ter cerca de 65% da energia atualmente
produzida de fontes renováveis, projetos idênticos “seriam facilmente
realizáveis em ilhas como o Corvo, São Jorge, Flores ou Santa Maria, em
que se podia chegar aos mesmos 65% de penetração de renováveis no
sistema elétrico”.