CDS vai aguardar resultados com "tranquilidade"
25 de out. de 2020, 21:13
— Lusa/AO online
“O
CDS vai esperar com muita naturalidade e tranquilidade. O nosso
resultado estará dentro daquilo que é previsto, apontando-se para a
possibilidade também de termos mais do que três. Nada está fechado neste
momento”, avançou, em declarações aos jornalistas, a partir da sede do
partido, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.A
projeção à boca das urnas realizada hoje pela Universidade Católica
para a RTP aponta para uma percentagem entre 3% e 6% dos votos para o
CDS-PP, podendo eleger entre um e três deputados.Nas
anteriores legislativas regionais, em 2016, o CDS-PP aumentou o seu
grupo parlamentar de três para quatro deputados, reelegendo mandatos
pelas ilhas Terceira e São Jorge e reforçando o número de parlamentares
eleitos pelo círculo de compensação de um para dois.À hora a que foram divulgadas as projeções pela RTP, a sala principal da sede do partido estava ainda vazia.Segundo Félix Rodrigues, “a noite vai ser longa, porque há muitas indefinições, incluindo relativamente à votação do CDS-PP”.O
vice-presidente do CDS-PP/Açores ressalvou que “estas projeções têm
alguns erros que estão associados normalmente aos pequenos partidos”,
mostrando-se confiante na manutenção do grupo parlamentar atual.“O
CDS elegerá muito provavelmente três deputados, esperamos por um
quarto. E veremos qual é o papel que o CDS terá a nível regional, num
contexto em que aparenta que não teremos um governo de maioria absoluta
na região”, frisou.Questionado sobre o
facto de a projeção apontar para um valor semelhante entre CDS-PP e
Chega, Félix Rodrigues disse que a expressão eleitoral dos dois partidos
dependerá das ilhas em que os votos forem alcançados, tendo em conta
que “a percentagem não é diretamente proporcional ao número de pessoas
que se elege”.“Conhecendo as expressões eleitorais de diversas ilhas, é mais vantajoso o resultado para o CDS do que para o Chega”, apontou.Quanto
à possibilidade de o CDS ser “um partido de charneira”, num cenário de
maioria relativa, o dirigente centrista disse que vários partidos
poderão sê-lo e que “há muito em cima da mesa para discutir”.