CDS quer programa regional de rastreio à covid-19 na comunidade educativa
Açores/Eleições
14 de out. de 2020, 17:45
— Lusa/AO Online
No final de uma
visita à Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada, ilha de
São Miguel, o também cabeça de lista pelos círculos da Terceira e da
compensação nas eleições regionais de dia 25 sublinhou que esta é uma
medida de “segurança importantíssima” que deve ser aplicada.“Se
o Governo [Regional] não a aplicar, essa será a primeira proposta do
CDS, a nível da educação: propor a aquisição de 200 ou 250 mil testes de
maneira a implementar o programa de rastreabilidade o ano todo, com os
critérios de especialistas de Saúde Pública”, afirmou Artur Lima,
referindo-se aos testes antigénio, que existem a um “preço acessível” e
que “detetam com elevada precisão” o novo coronavírus.Em
22 de setembro, o Governo dos Açores anunciou a aquisição de 100 mil
testes rápidos para aplicar, por exemplo, em escolas e lares.
Questionado sobre se aquele número é insuficiente, o candidato
respondeu: “A comunidade educativa neste momento são 50 mil [pessoas]”.“Mas,
se queremos segurança, deve ser também [aplicada] a quem nos visita. Se
queremos que a economia dos Açores fique segura também será
rastreabilidade rápida, eficiente e a bom preço. A saúde tem um custo,
mas não tem preço”, disse.Durante a visita
a este estabelecimento de ensino, o líder regional do CDS ouviu as
queixas do conselho executivo relativamente à falta de professores e à
dificuldade em proceder a substituições. “Regredimos 30 anos”, afirmou
no momento Artur Lima.“Há 30 anos tínhamos
professores sem habilitação própria. Receio que é o que vai acontecer
no futuro”, acrescentou, nas declarações aos jornalistas, acompanhado
pelo cabeça de lista do partido pelo círculo de São Miguel, Nuno Gomes,
que também visitou o antigo Liceu de Ponta Delgada.O
candidato alertou para o envelhecimento do corpo docente na ilha de São
Miguel, questão também abordada pelo conselho executivo, defendendo
“mais incentivos à fixação de docentes” e a redução da carga burocrática
da função.“Precisamos de concentrar os
professores da sua missão: ensinar. Por forma a tirarmos os Açores do
fim dos ‘rankings’ da educação do nosso país. A educação é uma
ferramenta fundamental para combater a pobreza e as assimetrias na ilha
de São Miguel”, acrescentou Nuno Gomes.Ao
todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da
Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM,
Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos
votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra
30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do
CDS-PP (quatro mandatos).O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.