CDS-PP sinaliza transformações nos Açores com crescimento económico e redução do RSI
14 de jan. de 2025, 16:00
— Lusa/AO Online
“Os
Açores estão melhor. A Região Autónoma dos Açores tem atravessado um
ciclo de transformações profundas que merecem todo o nosso
reconhecimento”, afirmou o deputado do CDS-PP Pedro Pinto, numa
declaração política na Assembleia Regional, na Horta.O
centrista destacou a evolução da economia açoriana, que “cresce há 42
meses consecutivos”, considerando o turismo um “dos principais motores
desse crescimento”.“Ainda que alguns
possam atribuir estes resultados ao acaso, a verdade é que são o reflexo
de uma estratégia bem delineada pelo Governo Regional em articulação
com as câmaras do comércio e empresários”, afirmou, sinalizando os
"marcos históricos" atingidos "ano após ano" nos indicadores turísticos.Pedro
Pinto enalteceu a redução dos beneficiários do RSI desde 2020, ano em
que a coligação PSD/CDS-PP/PPM passou a governar os Açores.“Os apoios sociais devem servir para que as pessoas se emancipem e sejam livres”, advogou.Segundo
dados da Segurança Social, consultados pela agência Lusa, em novembro
de 2019 existiam 14.243 beneficiários do RSI nos Açores, sendo que os
últimos números, referentes a novembro de 2024, dão conta de 6.733
beneficiários individuais daquele apoio na região.No
debate, o secretário dos Assuntos Parlamentares do executivo regional
classificou o “desempenho económico” da região como “absolutamente
excecional”.“Pela primeira vez, a região não está dependente de uma monocultura”, frisou Paulo Estêvão.Já
o PS alertou para o “maior volume de dívidas a fornecedores” do Governo
Regional e para o “aumento significativo” das desigualdades sociais e
das dependências, acusando o executivo açoriano de “negar a dura
realidade”.“Crescimento económico não é o mesmo do que desenvolvimento sustentável”, reforçou o socialista Carlos Silva.O
deputado do PSD Joaquim Machado lembrou medidas implementadas pelo
Governo dos Açores, como o aumento das remunerações na função pública, a
criação da Tarifa Açores ou a redução dos impostos.Por
sua vez, o líder do Chega/Açores criticou o processo de privatização da
Azores Airlines, a política de transporte marítimo e a construção de um
hospital modular (na sequência do incêndio no hospital de Ponta
Delgada), que definiu como uma “cabana em metal”.José Pacheco defendeu, contudo, a “necessidade” de existir “estabilidade” na região.O
liberal Nuno Barata realçou que o “maior investimento” do atual Governo
dos Açores foi feito em estradas, avisando que “cada metro cúbico de
betão contribui para a pobreza”.Por seu
turno, Pedro Neves (PAN) afirmou que os “ricos estão cada vez mais
ricos”, uma vez que o crescimento económico tem sido acompanhado pelo
aumento das desigualdades, enquanto António Lima (BE) assinalou que a
riqueza "não está a ser distribuída de forma justa”.