CDS-PP quer saber "contornos da aquisição" do Hospital Privado dos Açores pela CUF
14 de abr. de 2023, 15:03
— Lusa
O pedido, formalizado através de um
requerimento ao Governo dos Açores, foi "suscitado pelas recentes
notícias publicadas em março, dando conta de uma mudança da estrutura
acionista" do Hospital Internacional dos Açores (HIA), localizado na
Lagoa, refere o partido em nota de imprensa.A
gestão do único hospital privado dos Açores passou a a ser assegurada,
desde 24 de março, pela CUF, representando uma “mais-valia para a
expansão” daquele grupo económico, segundo foi anunciado na altura.A
18 de outubro de 2022 foi anunciado que a CUF e os acionistas do
Hospital Internacional dos Açores (HIA) chegaram a “acordo de princípio”
para a aquisição do único hospital privado no arquipélago.Na
nota de imprensa, o CDS diz que pretende conhecer "os contornos da
aquisição, pelo grupo CUF, do HIA - Hospital Internacional dos Açores".Citado
na nota, o vice-presidente do grupo parlamentar, Rui Martins, refere
que “existem um conjunto de requisitos que balizam a concessão de apoios
públicos", pelo que é necessário "esclarecer se esses mesmos requisitos
continuam a ser preenchidos, dado o novo contexto”. “O
HIA tinha uma série de responsabilidades, nomeadamente, na criação de
postos de trabalho, que tinham sido assumidas por conta desse
financiamento”, salientou Rui Martins, para quem “importa saber se esses
compromissos foram cumpridos" e "se houve qualquer tipo de penalização”
em caso de incumprimento.O CDS-PP
considera ainda ser necessário "esclarecer quais as responsabilidades do
novo grupo perante o Governo Regional, e quais as garantias prestadas
de continuidade do projeto a que o HIA se propunha".Tendo
em conta que "houve atribuição de fundos públicos torna-se, também,
relevante saber o valor da venda do HIA ao grupo CUF”, observa.O deputado questiona também acerca do número de funcionários "em efetividade de funções e com vínculo exclusivo à instituição".“É
importante neste momento saber se houve criação efetiva de postos de
trabalho, ou se há ainda uma dependência dos profissionais do SRS
(Serviço Regional de Saúde) em acumulação de funções”, justifica.