CDS-PP quer conhecer relatórios das auditorias a lares com surtos
Covid-19
11 de jan. de 2021, 13:26
— Lusa/AO Online
Em requerimentos
enviados, através do parlamento, às ministras da Saúde e do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social, os deputados do CDS-PP pedem para ter
acesso a "todos os relatórios de auditorias e inspeções realizadas", por
determinação do Governo, "a surtos de covid-19 em lares e ERPI’s
[estruturas residenciais para idosos]".No
que toca especificamente ao surto do novo coronavírus que aconteceu em
junho no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, em
Reguengos de Monsaraz, os centristas querem conhecer os relatórios das
auditorias realizadas pela Inspeção-geral das Atividades em Saúde, pela
Segurança Social e pela Inspeção-geral do Ministério do Trabalho
Solidariedade e Segurança Social.No
requerimento, o CDS assinala que a determinação destas auditorias foi
anunciada pelas ministras Marta Temido e Ana Mendes Godinho, mas, "até
ao dia de hoje, não se conhecem os resultados"."O
CDS-PP entende que - a bem da transparência e para que se perceba o que
aconteceu, podendo-se, daí, tirar conclusões e aprendizagens que possam
evitar erros futuros -, é determinante que se conheçam as conclusões
dos relatórios das várias auditorias e inspeções que vão sendo
realizadas", salienta o partido.Apontando
que, apesar de o surto neste lar de Reguengos de Monsaraz ter sido
"muito mediatizado" por ter "sido dos primeiros e de grande dimensão",
os centristas alertam que "muitos outros surtos têm vindo a ocorrer em
lares"."O CDS-PP considera que é crítico
que se possa agir antecipadamente por forma a prevenir e evitar a sua
ocorrência, pelo que estes relatórios são uma ferramenta fundamental de
aprendizagem", acrescentam.O surto em
Reguengos de Monsaraz foi detetado em 18 de junho, tendo provocado 162
casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.A
maior parte dos casos de infeção aconteceu no lar da FMIVPS, envolvendo
80 utentes e 26 profissionais, mas também 56 pessoas da comunidade
foram atingidas, tendo morrido 18 pessoas (16 utentes e uma funcionária
do lar e um homem da comunidade).