CDS-PP promove colóquio sobre despenalização na quarta-feira
Eutanásia
18 de fev. de 2020, 15:32
— Lusa/AO Online
O colóquio vai decorrer no auditório municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, distrito de Lisboa, e tem início marcado para as 21h00 (menos uma nos Açores).A
iniciativa vai contar com intervenções do presidente do CDS, Francisco
Rodrigues dos Santos, da ex-deputada Isabel Galriça Neto, que é também
médica especialista em cuidados paliativos, e do ex-dirigente do CDS e
conselheiro de Estado, António Lobo Xavier.Também
o antigo bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva e a
jornalista e escritora Laurinda Alves estarão presentes no evento.Hoje,
o presidente do CDS reiterou que os deputados centristas vão votar
contra a despenalização, mas ressalvou que o partido “apoiará o
referendo”.“É necessário ouvir o país e
que haja um debate que não seja apressado, seja amadurecido e
verdadeiramente esclarecedor sobre esta matéria, coisa que não está a
haver”, assinalou.Na ótica de Rodrigues
dos Santos, “é uma irresponsabilidade e uma insensibilidade social
oferecer-se a morte a pedido de um doente quando ele não sabe, nem
conhece, nem tem ao seu dispor todos os cuidados médicos necessários
para tratar o seu sofrimento, a sua doença, numa situação de verdadeiro
desespero e aflição”, alegando que está em causa numa “decisão grave e
irreversível” e num “retrocesso civilizacional”.A
Assembleia da República debate em 20 de fevereiro cinco projetos de lei
para a despenalização da morte assistida, do BE, PS, PAN, PEV e
Iniciativa Liberal, que preveem essa possibilidade sob várias condições.
Em 2018, o parlamento debateu projetos de
despenalização da eutanásia, apresentados pelo PS, BE, PAN e Verdes,
mas foram todos chumbados, numa votação nominal dos deputados, um a um, e
em que os dois maiores partidos deram liberdade de voto.Há
dois anos, o CDS votou contra, assim como o PCP, o PSD dividiu-se, uma
maioria no PS votou a favor. O BE, PAN e PEV votaram a favor. Um
grupo de cidadãos está a recolher assinaturas para realização de um
referendo sobre a matéria, que tem o apoio da Igreja Católica, ao
contrário do que aconteceu em 2018. Dos partidos com representação
parlamentar, apenas o CDS apoia a ideia, assim como vários dirigentes do
PSD.