CDS-PP e Chega reúnem-se na quinta-feira no parlamento
24 de fev. de 2020, 16:47
— Lusa/AO Online
A reunião “de cortesia” foi
pedida pelo CDS, para “apresentação de cumprimentos da nova liderança”,
disse fonte oficial dos centristas.A nova
direção do partido, eleita em congresso no final de janeiro, já se
reuniu com o PSD e o PS, com o Presidente da República, com o presidente
da Assembleia da República, bem como com outras entidades, como o
cardeal-patriarca de Lisboa ou a Confederação Empresarial de Portugal.À Lusa, o presidente do Chega, André Ventura adiantou que as eleições presidenciais serão um dos temas em cima da mesa.“Dir-lhe-ei
[a Francisco Rodrigues dos Santos] que se o CDS se quer afirmar como
partido de direita, a solução única que tem no momento em que está é
apoiar a minha candidatura”, referiu.Ventura
quer tentar igualmente “estabelecer pontes” com os centristas em
matérias comuns, como por exemplo ao nível “da fiscalidade e do apoio a
empresas”, e desafiar os deputados centristas a apoiarem o projeto de
lei para a instituição da castração química para cidadãos julgados por
pedofilia.Em comunicado enviado à Lusa,
Pedro Borges de Lemos, da corrente de opinião CDSXXI, considerou que
"André Ventura tem todas as condições para disputar uma segunda volta
nas presidenciais e o CDS-PP deverá contribuir para isso".Na
ótica do líder desta corrente informal de opinião, o partido "tem aqui
uma oportunidade única para se assumir como um partido conservador, de
direita e que, sobretudo, está ao lado daqueles que combatem o sistema
naquilo que são os seus maiores podres, designadamente a corrupção, os
compadrios e os 'telhados de vidro' da justiça e dos seus agentes".Para
Pedro Borges de Lemos, o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo
de Sousa, que ainda não disse se se recandidatará a um segundo mandato,
"é o candidato do sistema e é cúmplice dele"."Por
isso, há que cerrar fileiras para que ele não ganhe as eleições a bem
dos interesses dos portugueses", acrescentou na nota.