Autor: AO Online/ Lusa
“O grupo parlamentar do CDS-PP/Açores considera que esta situação compromete a fiabilidade e a segurança das operações aeroportuárias, bem como a promoção da Aerogare Civil das Lajes no contexto da aviação civil”, afirmam os deputados centristas, em comunicado de imprensa.
Artur Lima e Alonso Miguel, eleitos pelo círculo eleitoral da ilha Terceira e pelo círculo de compensação, alegam que desde 23 de julho de 2018 foram emitidas “mais de oitenta diretivas internas de alteração de procedimentos sobre a atividade de viaturas, aeronaves, segurança operacional e a circulação de pessoas e bens”, acusando a administração da aerogare de “promover a instabilidade nas operações aeroportuárias”.
Ao contrário do que acontece nos aeroportos de Ponta Delgada (São Miguel), Santa Maria, Horta (Faial) e Flores, nos Açores, geridos pela ANA - Aeroportos de Portugal, a Aerogare Civil das Lajes tem gestão pública.
Num requerimento entregue hoje no parlamento açoriano, o CDS-PP solicita ao Governo Regional “justificações para a tão numerosa e frequente emissão de diretivas após certificação para uso civil da Base das Lajes”, em julho de 2018.
Os deputados perguntam se a aerogare cumpria, “à data da certificação para uso civil, os procedimentos exigidos e os padrões de segurança operacional adequados à atividade aeroportuária civil”.
Os centristas perguntam ainda se “terão existido alterações à orgânica da Aerogare Civil das Lajes ao nível de competências e atribuições dos recursos humanos, verificadas depois da data da certificação civil, estranhando a inexistência de qualquer conteúdo na página de internet da Aerogare Civil das Lajes destinada à disponibilização do organograma da estrutura funcional”.