CDS-PP/Açores quer “soluções concretas” para a Caldeira do Santo Cristo
13 de out. de 2022, 09:45
— Lusa/AO Online
A parlamentar, que
participou numa reunião do grupo de trabalho dedicado ao tema da
cogestão da apanha da amêijoa na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, na
qualidade de deputada eleita por São Jorge, salvaguardou “a importância
de, destes encontros, resultarem soluções concretas” para a melhoria da
gestão integrada da exploração da lagoa.A
deputada centrista referia-se especificamente à sua conservação, ao
estado ambiental, à qualidade da amêijoa e respetiva apanha e
comercialização, tendo apontado que “não deve acontecer como chegou a
acontecer no passado", em que haviam "reuniões que resultaram em nada”.Catarina
Cabeceiras está convicta de que o grupo de trabalho “chegará a
resultados profícuos e irá pautar-se por um acompanhamento próximo da
realidade”, articulando as diversas entidades envolvidas no processo de
gestão que envolve áreas quer de jurisdição municipal, quer tuteladas
pela secretaria regional do Mar e Pescas e também pela secretaria
regional do Ambiente e Alterações Climáticas.A
deputada defendeu a importância de ver “representados, neste grupo de
trabalho os próprios residentes da fajã, testemunhas daquilo que tem
sido a atrofia da Lagoa de Santo Cristo, que já teve uma dimensão muito
superior à que tem atualmente”. “Apesar de
ali viverem poucas famílias a tempo permanente, é fundamental que sejam
auscultadas pelo conhecimento concreto que têm do assunto”, declarou a
centrista.Catarina Cabeceiras
congratulou-se com o que considera ser “uma nova abordagem à gestão do
espaço e recurso da Lagoa e da Fajã de Santo Cristo, um processo
participativo que irá culminar numa decisão política”.O
“próximo passo“ no processo da Lagoa da Fajã de Santo Cristo “deverá
ser discutir uma proposta concreta de base, a partir da qual se possa
chegar ao entendimento que se pretende entre as partes envolvidas”,
salvaguardou Cabeceiras.“Este é um
processo fundamental para que se consiga inverter o rumo de degradação
da Lagoa de Santo Cristo, pois está em causa um dos ‘ex-libris’ da ilha
de São Jorge e dos Açores, uma marca de identidade”, apontou a deputada.O
grupo de trabalho dedicado à cogestão da apanha da amêijoa na Fajã da
Caldeira de Santo Cristo foi criado no âmbito de um projeto de
sustentabilidade ambiental, social e económica, e deverá apresentar
resultados no início de 2023.O secretário
regional do Mar e das Pescas anunciou em agosto, na Calheta, que o
“processo de implementação de cogestão da apanha da amêijoa na Fajã da
Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge, deverá estar concluído
no início de 2023”.“Nos primeiros meses de
2023, vamos estar em condições de implementar este processo de
cogestão. É um processo que se quer participativo, não impondo nada, sem
que todos os diretamente envolvidos sejam ouvidos e se pronunciem sobre
este novo modelo. O que se pretende é a colaboração de todos”, referiu,
na altura, Manuel São João.O secretário
regional do Mar e das Pescas falava após a segunda reunião do grupo de
trabalho que se reuniu na fajã, com o objetivo de apresentar uma nova
abordagem à gestão do espaço e do recurso da Fajã da Caldeira de Santo
Cristo, na ilha de São Jorge.