CDS-PP/Açores diz que o que está em causa no Orçamento é “o presente e o futuro da região”
23 de nov. de 2023, 12:54
— Lusa/AO Online
“Hoje, não é a sobrevivência
deste Governo [Regional] que está em causa. Hoje, o que está em causa é o
presente e o futuro da região”, disse a deputada Catarina Cabeceiras.A
líder parlamentar do CDS-PP, que falava hoje no parlamento açoriano, na
Horta, na sua intervenção final no debate do Orçamento para 2024,
referiu que os documentos apresentados pelo executivo de coligação
PSD/CDS-PP/PPM “apresentam medidas que são boas para os açorianos e
preconizam uma melhoria substancial da qualidade de vida na região”.“O
próximo ano será ano de eleições e, por esse motivo, não se compreende a
intenção de tentar levar este Governo a governar em circunstâncias que
possam criar mais constrangimentos na vida dos açorianos, durante o ano
que se avizinha”, afirmou.Na sua
intervenção, Catarina Cabeceiras citou o vice-presidente do executivo,
Artur Lima, que afirmou que um voto contra o Plano e Orçamento “colocará
os Açores num limbo, numa situação de incerteza e de impasse político,
com consequências imprevisíveis e nefastas para o desenvolvimento
regional”.Na opinião da líder parlamentar
do CDS-PP, o atual momento é o de “colocar os Açores acima de tudo” e
garantiu aos açorianos que têm na coligação “um parceiro confiável” e no
CDS-PP um “referencial de estabilidade”.“O
serviço às pessoas não pode, nunca, andar ao sabor de propósitos
eleitoralistas. E os compromissos são para ser cumpridos”, salientou.Catarina Cabeceiras reconheceu que “muito foi feito” e “ainda muito há a fazer, sempre com uma ambição renovada”.“Encerro
este debate mantendo a certeza de que estes documentos para 2024
apresentam medidas que contribuem na melhoria de vida das nossas gentes.
Na certeza também que não podem os Açores ficar em suspenso. Não é
tempo de desistir dos Açores”, rematou.O
Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, de cerca de dois mil milhões
de euros, começaram na segunda-feira a ser debatidos no plenário da
Assembleia Legislativa Regional, na Horta, onde a votação na
generalidade deverá acontecer na tarde de hoje.O quarto Orçamento da legislatura regional é o primeiro a ser votado
após a Iniciativa Liberal (IL) e o deputado independente terem
denunciado em março os acordos escritos que asseguravam a maioria
parlamentar ao Governo dos Açores.Antes do
arranque da discussão, a IL e o PS anunciaram o voto contra na
generalidade, enquanto Chega e PAN rejeitaram votar a favor, o que
poderá levar à reprovação do Plano e do Orçamento.Entretanto, na terça-feira, o presidente do Chega anunciou que o deputado do partido nos Açores vai abster-se na votação.A
Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na
atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM,
dois do BE, um da IL, um do PAN, um do Chega e um independente (eleito
pelo Chega).