CDS-PP/Açores defende instalação de unidade de Hemodinâmica no hospital da ilha Terceira
23 de out. de 2024, 15:05
— Lusa/AO Online
O deputado Pedro Pinto considerou ser “fundamental que, no
mais curto espaço de tempo, seja implementada uma unidade de
Hemodinâmica” no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT),
numa lógica de “redundância e complementaridade” ao nível do Serviço
Regional de Saúde.No final de uma reunião
com o Conselho de Administração do HSEIT, o parlamentar lembrou que
antes do incêndio que atingiu o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES)
de Ponta Delgada, em maio, os doentes da ilha Terceira “eram enviados
para Ponta Delgada para fazer cateterismos” e, “neste momento, não podem
ir”.“Nós sabemos que no atendimento
desses casos de doença coronária súbita, o tempo de socorro é crítico
para o desfecho da situação. E, portanto, é fundamental criar uma
unidade de hemodinâmica na ilha Terceira”, defendeu, citado num
comunicado do partido.Para o deputado do
CDS-PP/Açores, numa primeira fase de implementação da unidade de
Hemodinâmica será necessário recrutar equipas fora da ilha Terceira, mas
depois de estar em “velocidade de cruzeiro”, os médicos especialistas
que ali se encontram “são capazes de assegurar o serviço”.“As
instalações já estão aqui desde 2012. Só falta mesmo os equipamentos”,
declarou, considerando que o investimento financeiro que será necessário
realizar com o projeto deverá “trazer poupança no futuro”.Pedro
Pinto alertou que as doenças coronárias são as que têm maior incidência
a nível nacional e regional pelo que, “um doente que fique com sequelas
de um AVC, por exemplo, tem um custo de tratamento para o resto da sua
vida tão elevado, que compensa criar a unidade de hemodinâmica” no
HSEIT, “em complementaridade com a existente no HDES”.O
parlamentar do CDS-PP insistiu na ideia de que o investimento no HDES,
“necessário em virtude do incêndio do passado mês de maio, não deve
comprometer o investimento” no HSEIT, no Hospital da Horta (Faial), nem
nas Unidades de Saúde de Ilha, uma vez que estas estruturas permitiram
que “nenhum açoriano tenha ficado por tratar” desde então.No
hospital da ilha Terceira, por exemplo, foram recebidos “logo nas
primeiras horas, doentes de várias especialidades, incluindo cuidados
intensivos, cirurgia vascular, pediatria, urologia”, lembrou.“Obviamente
que os constrangimentos em Ponta Delgada estão a forçar a transferência
de doentes de determinadas especialidades e isso tem vindo a
sobrecarregar os profissionais, mas o serviço não está em rutura:
continua a cumprir a sua missão”, assegurou.