CDS-PP/Açores defende contabilização de tempo congelado na carreira docente
15 de nov. de 2017, 09:15
— Lusa/AO Online
“Existe um
compromisso assumido pelo Governo Regional com os professores, no
sentido de que a carreira docente nos Açores não seja superior a 37 anos
de serviço”, afirmou Artur Lima, citado num comunicado de imprensa,
após ter reunido com o Sindicato dos Professores da Região Açores.Os
professores reivindicam a contabilização para efeitos de progressão na
carreira de sete anos congelados (entre 2011 e 2017), alegando que sem
esse tempo de serviço a maioria não conseguirá atingir o topo da
carreira e, consequentemente, os salários mais altos. Para
Artur Lima, a pretensão dos docentes é justa, sobretudo tendo em conta
que vai ao encontro de um compromisso do executivo açoriano.“Se
existiu um compromisso por parte do Governo Regional é porque o Governo
deu razão aos professores; se deu razão é porque se trata de uma
pretensão legítima da classe; sendo justa e legítima a pretensão e se
existe um compromisso, então, o Governo Regional só tem de cumprir com a
sua palavra”, frisou.O
líder regional centrista disse que os professores foram
“sistematicamente penalizados por sucessivas normas transitórias,
criadas no âmbito das transições de carreira, mas que nunca foram
eliminadas”, o que fez com que “um número significativo de docentes
nunca tivesse sido reposicionado nos escalões a que tinha direito”. “A
estabilidade dos professores é essencial para a garantia de um ensino
de qualidade na Região”, salientou, considerando que “a recuperação de
tempo de serviço congelado e a consequente progressão na carreira são
objetivos legítimos dos professores”.O
Sindicato dos Professores da Região Açores e o Sindicato Democrático
dos Professores dos Açores entregaram moções na presidência do Governo
Regional a reivindicar a contabilização do tempo de serviço e admitiram a
possibilidade de convocarem greves regionais se o executivo açoriano
não ceder. Estão
já agendadas para a próxima semana audiências dos representantes dos
dois sindicatos com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro.