CDS-PP/Açores critica decisão da SATA de encerrar lojas nas áreas urbanas
20 de jul. de 2024, 11:29
— Lusa
“Defendemos
uma boa gestão da empresa, mas essa boa gestão não pode passar por
medidas extemporâneas como esta. Estamos em plena época alta e não
queremos crer que a prioridade da SATA seja o encerramento dos balcões
de venda”, afirmou a líder parlamentar do CDS-PP/Açores, citada em
comunicado.Catarina Cabeceiras alertou que
os “balcões de venda da SATA prestam um serviço de proximidade às
populações”, sobretudo no caso das pessoas “mais idosas e dos utentes
das ilhas sem hospital quando estes têm de se deslocar por motivos de
saúde”. A SATA anunciou hoje que vai
reorganizar, a partir de 01 de agosto, o seu modelo de atendimento,
concentrando os serviços de venda de bilhetes, reservas e informações
nos balcões do aeroporto e atendimento telefónico, em vez das lojas.Trata-se
de uma medida da nova administração liderada por Rui Coutinho, que a 28
junho foi escolhido pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para liderar
a companhia aérea.O CDS-PP quer
explicações sobre o encerramento dos balcões da SATA nas zonas urbanas,
exigindo “esclarecimentos públicos sobre o porquê desta decisão ter sido
tomada apressadamente”, uma vez que o fecho das lojas vai acontecer até
ao final deste mês.“Esta recente e
repentina decisão foi tomada sem que os aeroportos estivessem preparados
com balcões destinados a esse serviço”, avisam os centristas.Também
hoje, o presidente da Câmara da Horta, o social-democrata Carlos
Ferreira, disse ser “totalmente contra o encerramento do balcão da SATA
na cidade da Horta” por entender ser uma medida “prejudicial aos
interesses dos habitantes da ilha do Faial”.“É
difícil de compreender a medida adotada enquanto ato de gestão, pois a
companhia aérea regional beneficia naquele local de uma acentuada
relação de proximidade com a população, com vantagens inequívocas ao
nível da faturação”, afirmou o autarca do único concelho da ilha do
Faial, citado numa publicação na rede social Facebook.A
SATA justificou, em nota de imprensa, que a reorganização está inserida
"num plano mais abrangente" para "assegurar a sustentabilidade da
empresa a médio e longo prazo".Já a 05
julho, quando foi ouvido na Assembleia Regional, o novo presidente da
SATA, Rui Coutinho, disser querer “ganhar eficiências e maximizar os
recursos humanos e materiais na companhia”, o que “neste momento não é
feito”, bem como promover vendas a bordo, cobrar por bagagem adicional e
encerrar lojas, transitando o pessoal para os aeroportos, para apoiar
os passageiros.