CDS pede que Governo Regional regularize e aumente apoios às IPSS
Açores/Eleições
8 de out. de 2020, 17:19
— Lusa/AO Online
Depois
de visitar a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, o líder
regional centrista mostrou-se “desalentado” ao constatar que “o parco
apoio monetário”, de “60 euros mês por idoso” com que o Governo Regional
bonifica a instituição, “ainda não chegou”, e apelou ao executivo para
rever "rapidamente esta situação”.Artur
Lima considera que o Governo dos Açores, "que reforçou em milhões e
milhões” o Orçamento, devido à pandemia de covid-19, “devia olhar para
aqueles que mais necessitam”, como os idosos e, para isso, pede o
aumento da capitação garantida a estas instituições.Denunciando
que a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada não tem “nenhum apoio
aos cuidados continuados”, pede também que essa valência mereça a
atenção do executivo.Para o candidato do
CDS às eleições regionais pelos círculos da Terceira e de compensação, é
“absolutamente mandatório” dotar “as Santas Casas de recursos humanos e
financeiros a título extraordinário nesta altura de pandemia”.Os
utentes dessas instituições “precisam de ter cuidados, precisam de ser
protegidos, na sua saúde mental, social, emocional”, sublinhou o
centrista, pedindo que os reforços sirvam para dar “apoio aos idosos
para poderem sair e dar um passeio com a sua família, que lhes garanta
as condições de segurança, de testagem, etc.”.“Isso é possível. O que é impossível é a incompetência”, afirmou.Também
o cabeça de lista do partido pelo círculo de São Miguel, Nuno Gomes,
insistiu na necessidade de ter mais recursos humanos, apontando,
especificamente para a falta de enfermeiros, e frisou que “contratar,
por exemplo, enfermeiros no âmbito do Estagiar L é promover a
precariedade e não é promover a estabilidade nem a qualidade técnica com
que estas instituições devem trabalhar”.O
candidato adiantou ainda que o CDS vai apresentar uma proposta de
criação de uma unidade autónoma de cuidados paliativos na ilha de São
Miguel.As próximas eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.Ao todo, são 13 as forças políticas que vão a votos na região.Nas
anteriores legislativas açorianas, o PS venceu com 46,4% dos votos, o
que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do
segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP
(quatro mandatos).O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.