CDS diz que Governo dos Açores deixa legado de impreparação e caos nos transportes
9 de set. de 2020, 13:05
— Lusa/AO Online
"Os
açorianos sabem que este governo falhou nas políticas de acessibilidades
e transportes. Este governo e esta maioria não foram, em mais de 20
anos, capazes de concretizar uma estratégia integrada de transportes que
garantisse a mobilidade dos açorianos e respondesse aos desafios da
nossa economia. Nos transportes e acessibilidades o legado deste governo
foi, ao longo dos anos, a impreparação, a desorientação e, muitas
vezes, o caos", declarou o centrista.Artur
Lima falava no parlamento dos Açores, na cidade da Horta, no arranque
de um debate de urgência sobre transportes e acessibilidades requerido
pelo CDS-PP.Para o CDS, "os transportes e
as acessibilidades são vitais para garantir o desenvolvimento económico e
social" dos Açores e "constituem um pilar fundamental" das "políticas
públicas e de um bom governo".Contudo,
disse Artur Lima, os açorianos "desesperam diariamente com os
constrangimentos que afetam as suas vidas", a diáspora "sofre com a
supressão das suas rotas" e as associações representativas de comércio,
os empresários "e agora o Conselho Económico e Social reclamam
desesperadamente a necessidade de procurar soluções de transporte
marítimo e aéreo que respondam aos desafios do presente e do futuro".E
prosseguiu: "Os açorianos sabem hoje que esta governação falhou nas
políticas públicas de transportes e legitimou modelos de gestão e de
operação que conduziram ao descalabro financeiro do setor". No
que refere à transportadora aérea regional, a SATA, o CDS diz que "este
governo, pela sua ação e omissão, colocou em risco a mobilidade dos
açorianos" e "colocou em risco a sobrevivência de uma empresa que
representa 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB)" da região."Com
um montante de 464 milhões de euros de passivo, com uma perda continua
de resultados líquidos desde 2014, a SATA depende agora de um auxílio de
emergência para manter a sua viabilidade nos próximos seis meses, de
forma a fazer face a um défice de caixa de 169 milhões de euros até ao
final de janeiro de 2021. É preciso que os açorianos saibam. Este
auxílio financeiro é uma emergência. Não se trata de um plano de
restruturação", prosseguiu Artur Lima. O
parlamento dos Açores está reunido esta semana na última sessão plenária
antes das próximas eleições na região, marcadas para 25 de outubro.