CDS critica falta de vacinas contra a gripe nas farmácias
Açores/Eleições
20 de out. de 2020, 10:29
— Lusa/AO Online
“Afinal
a preparação da época outono/inverno do Governo Regional para combater a
gripe sazonal não foi bem sucedida. Mandaram para as farmácias, por
exemplo aqui na farmácia das Flores, apenas um terço das vacinas que
foram pedidas, o que é manifestamente pouco para vacinar a população”,
avançou, em declarações à Lusa, por telefone, a partir da ilha das
Flores.Artur Lima, que é cabeça de lista
do CDS pelos círculos eleitorais da ilha Terceira e da compensação,
participou hoje numa ação de campanha na ilha das Flores, acompanhado
pelo líder nacional do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, e pelo
cabeça de lista da ilha, Fábio Alves.Questionado
sobre o facto de o diretor regional da Saúde, que é também candidato às
eleições legislativas regionais pelo PS, ter feito um balanço sobre a
evolução da pandemia da covid-19, numa conferência de imprensa, a menos
de uma semana das eleições, Artur Lima acusou o executivo açoriano de
fazer “propaganda com a desgraça dos outros”.“Lamento
profundamente que a autoridade candidata tenha feito isso. Julgo que o
balanço seria feito por um porta-voz da direção regional da Saúde. Se o
Governo entende continuar a fazer propaganda com a desgraça dos outros,
eu lamento profundamente”, apontou.Na ilha
das Flores, o líder regional centrista criticou as falhas na fixação de
médicos de família e na deslocação de especialistas.“O
governo negligenciou a deslocação de especialistas e a esmagadora
maioria das consultas de especialidade não foram feitas, o que é de
lamentar. Quer dizer que o Governo não preparou bem esta fase nem
capacitou devidamente o Serviço Regional de Saúde”, acusou.Já
o cabeça de lista do CDS pelas Flores, Fábio Alves, apontou o combate à
falta de população como prioridade da candidatura, defendendo a
necessidade de melhorar o acesso à saúde, ao emprego e aos transportes.“Não podemos ter um emprego baseado em programas ocupacionais e em programas de estágios, que depois não têm futuro”, sublinhou.No
arquipélago há vários dias a acompanhar a campanha, o líder nacional
centrista, Francisco Rodrigues dos Santos, reiterou que o voto no CDS “é
o único que garante uma mudança efetiva de políticas nos Açores” e é “a
única oportunidade para roubar a maioria absoluta ao Partido
Socialista”.“Eu sinto um grande apoio
popular aos candidatos do CDS, que criam expectativa de que o partido
esteja a trabalhar para obter o crescimento que merece e que é justo,
atendendo ao trabalho que desenvolveu ao longo dos últimos quatro anos,
que se traduziu em novos direitos na vida dos açorianos”, reforçou.Nas
últimas eleições regionais, o CDS elegeu quatro deputados, um pela
Terceira, um por São Jorge e dois pela compensação, mas em 2008 elegeu
um deputado pela ilha das Flores.As
legislativas dos Açores decorrem no dia 25, com 13 forças políticas
candidatas ao parlamento: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa
Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estão inscritos
para votar 228.999 eleitores.No
arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada
uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não
aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.