CDS acusa autarca de Vila do Porto de "atitude hostil" devido a taxas aeroportuárias
27 de dez. de 2022, 15:42
— Lusa/AO Online
No âmbito
de uma visita realizada pelo grupo parlamentar do CDS-PP/Açores às
instalações da aerogare civil das Lajes (Praia da Vitória), o partido
recorda que a redução daquelas taxas na aerogare da ilha Terceira foi
determinada em 2015 por um Governo Regional socialista, quando a atual
presidente do município de Vila do Porto, Bárbara Chaves, era deputada
do PS no parlamento açoriano.“Lamentamos
que a presidente da Câmara de Vila do Porto, porque tem um problema que
não consegue resolver na sua ilha, procure fazer confundir situações que
não são comparáveis e semeie a discórdia entre ilhas ao bom estilo do
Partido Socialista de dividir para reinar”, lê-se num comunicado.Citado
na nota, o deputado Pedro Pinto lembra que Bárbara Chaves, enquanto
deputada regional, votou a favor do Plano de Revitalização Económica da
ilha Terceira em 2015, que previa a redução das taxas aeroportuárias nas
Lajes.O grupo parlamentar do
CDS-PP/Açores assinala também que, "em virtude de se manterem
constrangimentos económicos, o Conselho de Ministros, em setembro de
2020, prorrogou o apoio do Governo da República ao Plano de
Revitalização Económica da ilha Terceira", devido ao impacto negativo da
redução militar e civil na base das Lajes.O
CDS-PP aponta que na ilha Terceira, e em particular na Praia da
Vitória, "ainda não se recuperou" desse impacto negativo da redução
militar e civil na base, pelo que "são necessárias medidas que procurem
mitigar esse efeito". "A decisão do
Governo Regional de prorrogar a redução das taxas referentes à Aerogare
Civil das Lajes e a disponibilização para colaborar com o município de
Vila do Porto para sensibilizar a ANA – Aeroportos de Portugal
demonstram que o Governo Regional está atento aos diferentes problemas e
para cada um procura aplicar as medidas mais adequadas", sublinha.Para
o CDS-PP, a presidente da Câmara de Vila do Porto resolveu atacar a
ilha Terceira por ser incapaz de solucionar o problema com o aeroporto
de Santa Maria.O grupo parlamentar afirma
que o "problema de Santa Maria é a decisão de a ANA encerrar o aeroporto
durante a noite alegando que a abertura acarreta um prejuízo adicional
de 180 mil euros". "Toda esta polémica
provocada pela presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto revela
má-fé, porque não acreditamos que alguém com a experiência política da
senhora presidente ignore os documentos que estabelecem os preços
cobrados nos aeroportos", afirma Pedro Pinto. A 20 de dezembro a autarca disse estar “indignada” com a prorrogação da
redução nas taxas aeroportuárias das Lajes, criando “concorrência
desleal” face ao aeroporto de Santa Maria.Em
declarações aos jornalistas, Bárbara Chaves disse ter ficado
“completamente indignada” devido à decisão do Conselho de Governo de
manter a redução de 50%, cuja vigência terminava no final do ano.O vice-presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima, acusou recentemente a autarca de “descortesia enorme”.“Quem
falou na reunião de câmara fui eu. Há uma falta de verdade por parte da
presidente da câmara. O que o senhor presidente do governo se dispôs
foi a colaborar e a ajudar a senhora presidente e o município de Vila do
Porto para, junto da ANA, sensibilizá-los para a abertura do aeroporto
[entre as 00:00 e as 06:00]”, afirmou Artur Lima.O
governante indicou que as taxas de aterragem, descolagem e
estacionamento de aeronaves em Santa Maria são mais baixas do que no
resto da região.