CDS/Açores quer apoios públicos à Cofaco dependentes de readmissão laboral

11 de jan. de 2018, 14:02 — Lusa/AO Online

Artur Lima, citado numa nota de imprensa do CDS-PP, especificou que “qualquer eventual e futuro apoio financeiro do governo à empresa deve depender de uma efetiva garantia de reintegração dos trabalhadores na nova unidade fabril, visto que só assim poderão olhar para este constrangimento do presente com esperança no futuro”.A administração da conserveira Cofaco, que detém, por exemplo, a marca Bom Petisco, informou na terça-feira que vai proceder ao "despedimento coletivo" dos 180 trabalhadores da empresa, quadros no Pico.O secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores afirmou, entretanto, que o executivo recebeu a garantia da conserveira Cofaco de readmitir "a grande maioria" dos trabalhadores assim que a nova fábrica estiver a funcionar, no Pico. Prevê-se que esta unidade abra dentro de 18 meses a um ano, segundo a informação transmitida pela empresa aos trabalhadores.O dirigente centrista afirmou ver esta notícia “com muita apreensão, tendo em conta que esta decisão deixará mais de centena e meia de trabalhadores no desemprego”.“Este facto, além das graves consequências para a economia do Pico, tem, sobretudo, grandes repercussões na vida das famílias afetadas, considerando que, muito dificilmente, a dinâmica económica da ilha permitirá a curto e médio prazo a criação de emprego necessária à reintegração dos trabalhadores no mercado de trabalho e a consequente reconstituição do nível de vida das famílias afetadas”, declarou o líder do CDS-PP/Açores.Para o presidente centrista, o encerramento, que teve o acompanhamento do Governo Regional, "é mais um exemplo" que a governação socialista "não conseguiu prever”. “Diz que acompanha, nada resolveu e para o futuro apenas promete. É necessário tomar decisões que salvaguardem a economia da ilha do Pico e dos trabalhadores, tendo em atenção que as pessoas e as famílias não pagam contas com promessas nem se pode suspender a economia da ilha por dois anos”, referiu o dirigente.