CDS/Açores pede "nova estratégia" do Governo Regional para setor leiteiro
29 de jan. de 2019, 21:00
— Lusa/AO Online
"Assistimos
à degradação do preço do leite para mínimos históricos, aos mesmo tempo
que os nossos produtores enfrentam penalizações superiores a quatro
cêntimos por litro de leite. (...) O Governo Regional deveria ter tido a
capacidade de antecipar este cenário ou até evitá-lo. É urgente uma
nova estratégia, porque continuar a baixar o preço do leite não só é
ineficiente, como traz graves prejuízos aos nossos produtores",
sinalizou o deputado do CDS no parlamento dos Açores Alonso Miguel.Para
o centrista, também líder do CDS de Angra do Heroísmo, a
competitividade do setor leiteiro está dependente da “redução dos custos
de produção”, da capacidade de inovar "na transformação do leite em
outros produtos lácteos”, da “valorização da qualidade, da excelência e
características nutricionais, derivadas da alimentação em pastagem” e da
“procura de novos mercados”. Citado
em nota do partido, Alonso Miguel - que hoje se reuniu com a Associação
Agrícola da ilha Terceira - defende que, no caso da Terceira, é
"urgente a adoção de soluções que permitam acabar com o monopólio
existente na ilha" no que refere à lavoura."Para isso é preciso vontade política e coragem, algo que tem faltado ao Governo Regional", acusou.O
CDS, prossegue a nota do partido, “vem alertando para a eminência da
aplicação de penalizações aos produtores por excesso de produção de
leite”, daí ter apresentado no passado uma iniciativa legislativa que
estabelecia um pagamento único aos produtores de leite açorianos,
prevendo-se que o pagamento do POSEI à produção e à vaca leiteira fossem
feitos com base num valor fixo, em função do melhor valor dos últimos 3
anos, decrescido de 5%. "É
importante também recordar que o PS chumbou essa proposta do CDS,
porque alegadamente teria melhores soluções, mas, ao que parece, afinal
não tinha. Enquanto o Governo Regional não sair deste estado letárgico,
infelizmente a nossa lavoura vai definhando e vai ficando cada vez mais
asfixiada", concretizou Alonso Miguel.