CDS/Açores diz que visão redutora do PS impediu diagnóstico ao setor público
31 de jan. de 2019, 10:03
— Lusa/AO Online
Em
comunicado enviado às redações, os centristas justificaram o voto
contra no relatório defendendo que a “visão parcelar e redutora das
consequências do fracasso das políticas públicas de administração dos
recursos públicos regionais disponíveis, efetuada pelos deputados
socialistas, não permitiu transpor, para o relatório final da comissão,
um ajustado e conclusivo diagnóstico que permitisse a identificação dos
erros cometidos e a consequente imputação da responsabilidade política
pelas gestões erráticas verificadas”.O
partido, liderado nos Açores por Artur Lima, considera que os trabalhos
da comissão “demonstraram que a atuação em algumas empresas e entidades
do setor público empresarial regional não foi pautada, no período em
análise, por parâmetros de exigência na gestão e a qualidade dos
serviços prestados, faltando eficácia na organização, transparência nos
procedimentos e eficiência na aplicação dos recursos públicos
regionais".Para
o CDS, a importância desta iniciativa é “evidenciada pela subsequente
reação do Governo Regional à sua constituição, ao anunciar a
restruturação do setor que o CDS já há muito exigia, com a extinção de
várias empresas e internalização de serviços, bem como através da
alienação de participações sociais em diversas entidades”.A
comissão de inquérito, criada em janeiro de 2018, terminou na
terça-feira, com a aprovação do relatório final, que põe termo à análise
que foi feita ao longo de um ano a várias entidades do setor público
açoriano, com o intuito de avaliar a situação económica e “conferir,
avaliar e concluir sobre as políticas estabelecidas, orientações
estratégicas de gestão, contratos de concessão e contratos de gestão”
das entidades objeto da comissão.