CDS/Açores acusa Governo Regional de recusar valorizar carreiras dos técnicos de saúde
3 de ago. de 2020, 17:32
— Lusa/AO Online
Segundo uma nota de imprensa, o líder
da estrutura centrista, Artur Lima, referiu o caso da carreira dos
técnicos de diagnóstico e terapêutica (TSDT) como um dos exemplos de "um
caminho de recusa de direitos e supressão de serviços" levados a cabo
pelo Governo dos Açores, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro. Segundo
o líder parlamentar do CDS na Assembleia Regional, "o governo recusa
persistentemente valorizar, após reuniões e promessas que se arrastam,
em total desconsideração por uma classe profissional que é essencial
para um bom e eficaz funcionamento do Serviço Regional de Saúde".Em
08 de julho, os TSDT estiveram em greve e realizaram concentrações em
várias ilhas dos Açores para reivindicar o descongelamento da carreira e
a equiparação a outras carreiras da administração pública. Na
altura, o presidente do Governo Regional disse que o executivo estava a
"trabalhar" na revisão da carreira destes profissionais, salientando a
existência de uma reunião entre os TSDT e a secretária da Saúde em 31 de
julho. Nesse dia, aquando da inauguração
de um conjunto de serviços no Hospital da Horta, Vasco Cordeiro foi
recebido por um protesto dos TSDT, que criticaram a falta de progressos
nas negociações com a secretária da Saúde, Teresa Luciano.Para
o líder do CDS no arquipélago, a "região não pode continuar pelo mesmo
caminho na saúde", sendo necessário "dignificar e valorizar" as
carreiras dos profissionais de saúde. "Este
governo e esta maioria persistem em fazer um caminho de recusa de
direitos e supressão de serviços que não pode continuar. Este paradigma
da promessa e da proclamação de resoluções para os problemas, sem que se
resolva nada em concreto, tem de acabar", declarou Artur Lima. O
líder do CDS disse "não conhecer a razão" pela qual a Unidade de Saúde
da ilha Terceira (USIT) não contrata mais TSDT, fisioterapeutas ou
técnicos de terapia da fala.Artur Lima
considerou "ultrajante e ofensivo" a contratação de "um técnico de
marketing" para a USIT quando se regista uma "falta de recursos humanos"
em setores fundamentais no Serviço Regional de Saúde.Em primeiro lugar, sublinhou, “está a saúde dos açorianos e depois a propaganda". "A
contratação do técnico de marketing é para promover as longas e
vergonhosas listas de espera, para publicitar o tempo de espera de
acesso aos meios complementares de diagnóstico ou para explicar aos
utentes porque é que ainda não têm médico de família?", questionou,
citado em comunicado. Artur Lima referiu
que compete ao executivo regional "estabelecer as prioridades" e
proceder ao reforço do Serviço Regional de Saúde com os "profissionais
imprescindíveis".