Casos de cancro e diabetes em simultâneo vai crescer "significativamente"
3 de fev. de 2020, 12:41
— Lusa/AO Online
Na véspera do Dia Mundial
do Cancro, que se assinala na terça-feira, a Federação Internacional da
Diabetes e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal apelam a
uma ação internacional conjunta que travar a progressão das duas doenças
e pedem mais prevenção e diagnósticos precoces.“Tendo
em conta o aumento de novos casos de cancro e de diabetes, o número de
pessoas com as duas doenças em simultâneo aumentará significativamente
num futuro próximo”, refere um comunicado hoje divulgado pelas duas
organizações.Alimentação desadequada,
sedentarismo, tabaco, consumo excessivo de álcool e poluição são alguns
dos fatores de risco comuns ao cancro e à diabetes.“Adicionalmente,
as pessoas com diabetes têm um risco acrescido de desenvolver
determinados tipos de cancro, além de um pior prognóstico após o
diagnóstico”, indicam as duas organizações.Na
tomada de posição conjunta, defendem medidas que promovam ambientes
propícios a estilos de vida saudável, diagnósticos precoces,
acompanhamento médico para alcançar um bom controlo da diabetes,
programas de educação para pessoas com diabetes e cuidadores.Estas
medidas “devem ser encorajados pelos governantes”, apela a Federação
Internacional da Diabetes e a Associação Protetora dos Diabéticos de
Portugal (APDP).“Melhoria nos cuidados,
mais apoio social e combate à discriminação” são outra das preocupações
comuns a pessoas que vivem com cancro e diabetes e que as duas
associações entendem que devem ser “prioridades das agendas públicas de
saúde”, tanto a nível local como internacional.As
duas instituições da área da diabetes lembram que a luta contra o
cancro em pessoas com diabetes é mais facilitada para quem tem acesso a
uma boa educação sobre a sua doença e para quem tem apoio social e
emocional.O comunicado da APDP e da
Federação Internacional recorda que as doenças não transmissíveis,
incluindo o cancro e a diabetes, estão entre as 10 “ameaças à saúde
global” identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca
de 43,8 milhões de pessoas em todo o mundo sobrevivem atualmente após
um diagnóstico de cancro e muitas delas irão viver com outras patologias
crónicas, como a diabetes, que é uma das mais prevalentes.