O
conceito nasceu - e cresceu - em família, “aproveitámos o facto
dos meus avós celebrarem 55 anos de casados para pôr em prática a
ideia”, recorda Cátia, “começámos por organizar festinhas
pequenas e fomos crescendo”. Tanto que a ideia deixou de ser um
mero plano para passar a ser a Plano A “inicialmente nenhum de nós
trabalhava em exclusivo no projeto, mas em 2016, quando nasceu a
nossa filha, tomámos a decisão do João se demitir. Foi difícil,
especialmente na altura que era, mas foi esse passo que nos permitiu
dar outro tipo de resposta aos clientes. Não havia outra forma de
continuar”.
Desde
2015, altura em que a sombra da austeridade se começou a desvanecer,
que o número de casamentos em Portugal tem vindo a aumentar. Casa-se
mais do que aquilo que se casava e festeja-se diferente daquilo que
se festejava, “o conceito de festa mudou e o perfil dos noivos
também” revela João. “A maioria dos casais já depende dos seus
próprios rendimentos e é quem paga o casamento. A partir do momento
em que se começaram a quebrar as regras e a deixar cair algumas
ideias do passado, os casamentos passaram a estar de acordo com
aquilo que os noivos são enquanto pessoas e as festas começaram a
fazer sentido mesmo para quem nunca imaginou casar”.
Embora
a tendência nacional contribua para o negócio, entrar no mercado
não foi fácil, “as pessoas não estavam minimamente
sensibilizadas para os serviços que oferecemos nem sabiam do que se
tratava” explica Cátia, “nós não somos decoradores que cobram
um fee pelo serviço e depois quem quiser que trate do resto. A
decoração é a parte mais visível do nosso trabalho, mas por
detrás há um plano de consultoria que foi desenvolvido ao pormenor
e da forma mais personalizada possível. É esse valor agregado que
nos diferencia, os noivos sabem exatamente tudo o que estão a pagar
e tudo o que vão ter”.
E
o que têm, por norma, são eventos que seguem uma identidade visual
minimalista, “somos obcecados pelo naturalmente bonito” conta
João, “a simplicidade é sempre o nosso ponto de partida. O nosso
estilo resulta do que somos enquanto pessoas e de tudo o que
observámos durante estes 6 anos de trabalho. As festas existem para
serem vividas por completo! Privilegiamos aquilo que faz as pessoas
desapertarem o nó da gravata e se divertirem de forma genuína”.
O
sucesso, esse, deve-se não só aos clientes satisfeitos que
recomendam o serviço e que acabam por voltar, mas também ao forte
investimento que Cátia e João fizeram na promoção e partilha do
seu portfólio no Facebook e no Instagram, “as redes sociais são a
forma mais rápida e eficaz de mostrar a todos aquilo que fazemos”
refere João, “apostamos muito nas imagens porque têm o poder de
fazer alguém se apaixonar e nos procurar. Existem momentos que
merecem ser partilhados e é por isso que investimos diariamente em
fazer sonhar todos quanto nos seguem”.
Depois
de terem amadurecido a Plano A, Cátia e João preparam-se agora para
ir mais longe e testar o potencial turístico dos Açores como
destino de sonho para casar, “os Destination Weddings são cada vez
mais populares, o número de pessoas que procuram destinos diferentes
dos locais de residência para casar está a crescer” salienta
João, “já tínhamos pensado nesta ideia, mas na altura, não
tínhamos estrutura nem tempo para nos dedicarmos a ela. Parámos,
pensámos e criámos a Spot On Weddings, uma espécie de filha da
Plano A. Acreditamos que a mistura entre as diferenças culturais de
quem nos procura e a autenticidade do paraíso em que vivemos irá
com certeza fazer com o que o nosso trabalho seja ainda mais mágico”.
O
clima temperamental das ilhas não é problema para os noivos
estrangeiros, mas as ligações áreas sim, “Nós tratamos de tudo,
até das burocracias e das questões legais se for necessário. Já
tínhamos realizado alguns casamentos de emigrantes ou descendentes
de emigrantes que optavam por casar nos Açores devido às ligações
familiares. Este ano vamos organizar 3 casamentos de casais que vêm
da Rússia, da Suécia e dos Estados Unidos” acrescenta Cátia,
“serão os 3 realizados em São Miguel. Não temos pedidos, para
já, para as outras ilhas. O nosso clima, comparado com os deles, não
constitui um problema, no entanto os clientes referem que os voos
para São Miguel são mais frequentes e em horários mais variados e
nós compreendemos. É complicado obrigar os convidados, depois de já
terem feito uma viagem, estarem a fazer mais uma ou duas ligações
entre ilhas. Acabamos nós por ir ao encontro deles, o que já
fazíamos com os clientes locais, aliás o 2º casamento que
organizámos foi no Faial e foi um teste excecional à nossa força.
Correu tudo como era previsto”.
Cátia
e João realizam, em média, entre 2 a 3 eventos por mês, mais do
que isso não aceitam. O segredo da evolução da Plano A não está
na quantidade, mas sim na qualidade. E ambos mantêm-se fiéis a ela.
Este ano, a agenda de ambos, entre Abril e Outubro, está totalmente
preenchida.