Autor: Lusa/AO Online
Carlos César reagia, assim, à manchete de hoje do jornal Expresso que dá conta que "Passos reabre Embaixada para colocar adjunto".
"O chefe de Gabinete do PM vai para a Embaixada na UNESCO que tinha sido encerrada por Paulo Portas" e "Rui Machete reabre Bruxelas e coloca chefe de Gabinete como cônsul em Paris", escreve o semanário.
"Não bastava termos um mau Governo e agora confirma-se que temos um Governo para servir o partido", comentou.
Para Carlos César, "é uma situação lamentável, uma vergonha e é pena, também, que o senhor Presidente da República assista a tudo isto impávido e sereno".
"Exigimos uma explicação pública sobre esta matéria e exigimos sobretudo que o Presidente da República também assuma a sua posição de árbitro e de zelador para que situações destas não ocorram e nem se multipliquem até ao dia das eleições", sublinhou.
O presidente do PS criticou que o Governo da República esteja a abrir embaixadas e postos diplomáticos que tinham sido encerrados para "alojar no dia a seguir à derrota nas próximas eleições os chefes de gabinete e os assessores dos ministros".
O líder dos socialistas portugueses considerou ainda ser de interesse nacional "todas as questões que envolvem ilegalidade, abuso de poder e de posição e que envolvem o aproveitamento indevido do Estado para o alojamento de pessoas que se estão a precaver em função de uma derrota previsível nas próximas eleições".
Carlos César preside domingo à sessão de encerramento do XVII Congresso Regional do PS-M em substituição do secretário-geral, António Costa, devido ao estado de saúde de Maria Barroso, mulher do ex-Presidente da República Mário Soares e ao falecimento do antigo presidente do partido Ferraz de Abreu, de 98 anos, cujo funeral se realiza no domingo de manhã no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
A informação da ausência de António Costa foi prestada por Carlos Pereira, novo presidente do PS-Madeira.