Carlos César acusou liderança/PSD de não ter credibilidade

20 de set. de 2008, 21:55 — Lusa/AO online

 "O PSD, que já vai no terceiro líder neste mandato legislativo, e a procissão ainda ia no adro, não pode travar a mudança protagonizada pelo PS e, muito menos, merecer governar Portugal", afirmou. O dirigente partidário interveio, antes de José Sócrates, no comício de "reentre" política do partido em Guimarães, que sob o lema "A força da mudança", reuniu oito mil militantes e simpatizantes, vindos, em autocarro, de todo o país, do Minho ao Algarve.  No acto usaram, ainda, da palavra o presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães, o presidente da Federação de Braga, Joaquim Barreto, a ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, e o líder socialista, José Sócrates. Carlos César considerou que o PSD "exibiu uma chocante insensibilidade social quando esteve no Governo", onde - acentuou - deixou um défice enorme nas contas públicas. Afirmou que os social-democratas se pronunciam "desdenhosamente" sobre a política social do Governo, apontando o caso do Complemento Solidário para Idosos que - sustentou - "dizem ser apenas um subsidiozinho". Carlos César dirigiu, ainda, críticas ao que chamou de esquerda ruidosa, bloquista e comunista", que acusou de "já não esconder que prefere o PSD no Governo". "O país não precisa de uma esquerda ruidosa e também já se deu mal, recentemente, com a direita", afirmou, defendendo que Portugal será mais forte com a liderança do PS. Disse que os socialistas "não recebem lições de solidariedade social da esquerda radical", acentuando que essa esquerda "está sempre contra tudo o que a esquerda moderna faz no Governo". "Somos uma esquerda útil ao povo, e que estás ao lado do povo português", declarou. Terminou dizendo que os portugueses contam com o PS, porque sabem que é uma força de mudança capaz de criar mais e melhor empresas e empregos, mais e melhor coesão social e democracia". Afirmou-se, ainda, convicto de que o partido vai vencer as eleições regionais açorianas a 19 de Outubro e de que o mesmo acontecerá nas legislativas de 2009.