Carga movimentada nos portos com quebra de 7,5% em janeiro e fevereiro
14 de abr. de 2020, 12:08
— Lusa/AO Online
Num comunicado, este organismo destacou que o
mês de fevereiro isolado registou “um decréscimo de 5%”, de “menor valor
do que o contabilizado em janeiro de 2020 (-9,7%)”.A
AMT revelou que “Sines continua a ser o porto que maior influência
exerce neste desempenho” com uma quebra de 1,06 milhões de toneladas no
período em análise, o que representa uma redução de 13,1% face ao mesmo
período de 2019.“Setúbal, Lisboa, Viana do
Castelo e Aveiro acompanham esta tendência, traduzindo-se num
decréscimo global de 1,33 milhões de toneladas. Leixões, Figueira da Foz
e Faro registam ganhos homólogos de, respetivamente, 3,3%, 24,6% e
350,6%, correspondentes a +184,1 mil toneladas, no seu conjunto”,
informou o organismo.Segundo a AMT, as
quebras são justificadas “maioritariamente pela carga contentorizada e o
carvão em Sines que registam perdas respetivas de 819,1 mt [mil
toneladas] e 616,8 mt”, ainda que em Setúbal o carvão também tenha
caído, em 17 mil toneladas. Da mesma forma, houve quebras na carga
contentorizada em Lisboa (77,1 mt), Setúbal (58,7 mt), Leixões (20,7 mt)
e Figueira da Foz (-4,4 mt), segundo os dados divulgados pela AMT. Por
outro lado, o petróleo bruto e os produtos petrolíferos, em Sines e
Leixões, e ainda a categoria ‘outros granéis sólidos’, em Aveiro, “foram
responsáveis por acréscimos na ordem das 650,3 mil toneladas no seu
conjunto”, referiu a AMT.A análise do
regulador mostra que “Sines, embora tenha perdido a maioria absoluta,
mantém a liderança com uma quota de 49,6% (-3,6 pontos percentuais face
ao período homólogo de 2019), seguindo-se Leixões com 23,2%, Lisboa com
11,6%, Setúbal, que recupera a quarta posição, com 6,9%, Aveiro com 5,9%
e Figueira da Foz com 2,3%”.No que diz
respeito ao tráfego de contentores, traduziu-se “numa quebra
significativa” de 12%, devido “fundamentalmente”, ao comportamento do
porto de Sines, cujo movimento registou menos 47,9 mil TEU [unidade de
medida de contentores] do que no período homólogo de 2019, o que
corresponde a uma quebra de 16,4%.Também
Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz e Leixões “contribuíram para esta
quebra, registando, no seu conjunto, um recuo de quase 12 mil TEU”,
referiu a AMT.Já no que diz respeito “às
escalas de navios de diversas tipologias, os portos em análise
registaram nos primeiros dois meses deste ano um total de 1.662 escalas,
mais 2,8% face ao período homólogo de 2019”, segundo a AMT.“Os
portos de Douro e Leixões observaram o acréscimo mais significativo do
número de escalas, com +31, seguindo-se Lisboa com +24, Figueira da Foz
com +13 e Faro com +5, tendo anulado os registos negativos de Sines com
-15, Setúbal com -5, Viana do Castelo com -4, Portimão -3 e Aveiro com
-1”, indicou a entidade.