Cantar às Estrelas traz emigrantes, noite de fados e desfile à Ribeira Grande
No dia 1 de fevereiro
28 de jan. de 2019, 12:18
— Susete Rodrigues/AO Online
São
cerca de duas mil pessoas de todas as idades que vão cantar ao longo
da rua Direita, registando-se uma crescente adesão por parte de
crianças e jovens, o que permite transmitir os valores do Cantar às
Estrelas de geração em geração, adianta nota de imprensa da autarquia.
Os
grupos que vão participar no desfile do Cantar às Estrelas também
vão cantar em casas particulares e no comércio local. Este ano
voltam a ser mais de três dezenas que vão abrir as suas portas à
tradição, entre particulares, cafés e lojas do comércio
tradicional.
Pela primeira vez o evento conta com a presença de um grupo oriundo
dos Estados Unidos da América, mais concretamente o Grupo de Amigos
da Ribeira Grande da Nova Inglaterra, composto por cerca de trinta
elementos que vão reviver esta tradição na terra de origem.
O
desfile do Cantar às Estrelas é um dos pontos altos da festa, mas
este ano existem mais motivos de interesse, diz a nota, destacando o lançamento
do livro “Cidade das Estrelas”, de António Pedro Costa, a ter
lugar às 20h30 do dia 30 de janeiro, no Teatro
Ribeiragrandense, com apresentação de Mota Amaral.
No dia
31 de janeiro, pelas 20h30, terá lugar uma serenata a Nossa Senhora da
Estrela, com a presença do fadista Miguel Bandeirinha que, no
sábado, estará presente na gala do jornal Audiência. A comitiva
engloba cerca de cem pessoas e é liderada pelo presidente da Câmara
Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.
Recorde-se
que a festa em honra a Nossa Senhora da Estrela é a festa mãe da
freguesia de Matriz e encerra o ciclo natalício que se abre a 8 de
dezembro com Nossa Senhora da Conceição. Já no século XVI existem
registos de que a Câmara Municipal da Ribeira Grande arcava com as
despesas religiosas da igreja quanto a cera, músicos e pregadores.
No
fundo, a festa da Estrela, das Estrelas ou de Nossa Senhora da
Estrela, é uma festa de uma comunidade com tradição na Ribeira
Grande, que junta grupos ou ranchos informais de gente que durante a
noite vão de casa em casa de amigos e conhecidos, finalizando com
louvores à padroeira na igreja Matriz.