Candidaturas a incentivos de produção de cinema e audiovisual abrem hoje
1 de abr. de 2024, 12:18
— Lusa/AO Online
De acordo com o ICA, a partir de
hoje as produtoras de cinema e audiovisual podem aceder à primeira fase
de candidaturas ao Fundo de Apoio ao Turismo e Cinema (FATC) de 2024,
com uma dotação de sete milhões de euros, e cujo critério de atribuição
deixa de ser o da ordem de entrada do pedido.Os
regulamentos de acesso ao FATC foram alterados como resposta ao que
aconteceu em anos anteriores, quando as verbas disponíveis apenas
contemplavam os primeiros pedidos que davam entrada, deixando de fora
dezenas de candidaturas.Em 2023, por
exemplo, a primeira fase de candidaturas esgotou o orçamento previsto,
de cerca de 7,6 milhões de euros, em escassos minutos: Das 50
candidaturas recebidas apenas foram financiados 12 projetos.A
segunda fase não chegou a abrir, com a tutela a decidir reavaliar o
programa e a distribuir o montante disponível, de seis milhões de euros,
pelos projetos que tinham ficado de fora na primeira fase.O
FATC foi criado em 2018 com um mecanismo de incentivo (‘cash rebate’)
de apoio à produção cinematográfica e audiovisual e captação de
filmagens internacionais para Portugal, tendo apoiado projetos
portugueses, como “Rabo de Peixe”, e internacionais nos quais Portugal
surgia como coprodutora local, como o filme “Velocidade Furiosa 10”.Depois
de uma reavaliação e de aprovada uma extensão do FATC até 2026, o
Governo alterou algumas regras de admissão ao incentivo, nomeadamente
nos requisitos de elegibilidade, sendo a ordem de entrada apenas um dos
critérios, de um sistema de pontuação.
“Excecionalmente, no ano civil de 2024, o prazo para apresentação de
candidaturas à primeira fase é de 60 dias”, lê-se no regulamento. O
montante máximo de apoio por projeto é de 1,5 milhões de euros.A segunda fase de candidaturas ao FATC deve ter início até 30 de setembro.Para
este ano, o Governo criou um incentivo (‘cash refund’), cujas
candidaturas também abrem hoje, e que é complementar ao incentivo do
FATC, com um montante máximo de 20 milhões de euros.Este
incentivo destina-se a apoiar produções “que efetuem em território
nacional, pelo menos, 2,5 milhões de euros de despesas elegíveis”, lê-se
no regulamento.Por comparação, no caso do
incentivo do FATC a atribuição do apoio depende de despesas elegíveis
em Portugal de pelo menos 200.000 euros ou 500.000 euros.O
novo incentivo pretende ser atribuído a projetos de filmes e séries de
maior orçamento e que tenham em conta, por exemplo, o valor cultural,
percentagens de filmagens em território nacional, recurso ou não à
língua portuguesa, sustentabilidade dos projetos, participação de
elenco, equipas técnicas.O montante máximo a atribuir a cada projeto é de seis milhões de euros por obra cinematográfica ou audiovisual.