Candidaturas a apoio de 705 ME para descarbonização da indústria abertas até abril
PRR
10 de jan. de 2022, 16:26
— Lusa/AO Online
Segundo
a informação hoje disponibilizada na página Instituto de Apoio às
Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), o aviso em causa está
enquadrado num conjunto de medidas que visam contribuir para a
neutralidade carbónica, “promovendo a transição energética por via da
eficiência energética, do apoio às energias renováveis, com enfoque na
adoção de processos e tecnologias de baixo carbono na indústria, na
adoção de medidas de eficiência energética na indústria e na
incorporação de energia de fonte renovável e armazenamento de energia”.Em
causa, está um apoio total de 705 milhões de euros para empresas do
setor da indústria e entidades gestoras de parques industriais. Podem candidatar-se a estas ajudas entidades individuais ou consórcios, como associações empresariais ou centros tecnológicos.Os
projetos têm que ser desenvolvidos em Portugal e as entidades que fazem
parte dos consórcios têm que ter um estabelecimento constituído nas
regiões NUTS II – Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo,
Algarve, Açores e Madeira.Estes devem
estar enquadrados em, pelo menos, um dos cinco domínios abrangidos pelo
aviso em causa, nomeadamente, eficiência energética, processos de
investigação e inovação, transferência de tecnologias e cooperação entre
empresas, energia renovável solar, outras energias renováveis e
sistemas energéticos inteligentes.Já no
que se refere à tipologia dos processos são abrangidos os de tecnologias
de baixo carbono na indústria, adoção de medidas de eficiência
energética na indústria e incorporação de energia renovável e
armazenamento de energia.Os apoios traduzem-se em subsídios não reembolsáveis.O
documento precisa ainda que a despesa elegível com a instalação de
sistemas de produção de energia elétrica a partir de fonte solar para
autoconsumo está limitada a “30% do montante de investimento total
elegível da operação, não considerando o próprio montante de
investimento na produção de energia elétrica a partir de fonte solar”.O
valor de apoio por cada projeto pode ser limitado, tendo em conta que a
meta de desembolso da componente 11 do PRR (Descarbonização da
Indústria) obriga ao apoio mínimo de 300 projetos de descarbonização,
“independentemente da dotação orçamental a concurso”.Os
projetos apoiados devem ter início no prazo de seis meses após a sua
aprovação e possuir uma duração máxima de 24 meses a partir da mesma
data.As despesas podem ser apresentadas até dezembro de 2025.O
PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um
conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do
crescimento económico. Além de ter o objetivo de reparar os danos
provocados pela covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar
investimentos e gerar emprego. A dotação
total do PRR ultrapassa os 16.600 milhões de euros, distribuída pelas
suas três dimensões estruturantes – resiliência (11.125 milhões de
euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital
(2.460 milhões de euros).