Candidato da CDU por Ponta Delgada denuncia "precariedade" entre trabalhadores municipais
Eleições Autárquicas
26 de set. de 2017, 18:32
— Lusa/AO online
"Recordar os
trabalhadores aquilo que eles sabem mais do que nós porque sentem na
pele, que há oito anos que não têm aumentos, o seu salário neste momento
é inferior do que há oito anos, o que é particularmente grave tendo em
conta a subida do custo de vida e estes trabalhadores que têm regra
geral salários bastante baixos", afirmou Rui Teixeira durante uma ação
de campanha nos estaleiros da Câmara Municipal de Ponta Delgada. O
cabeça de lista da CDU, que distribuiu esta tarde panfletos no "ponto
central" de saída e entrada de trabalhadores para os estaleiros da
Câmara, recordou ainda "o problema de precariedade" que na sua ótica "é
estimulado tanto pela maior autarquia dos Açores como pelo Governo
Regional". "Usar aquilo que seriam os desempregados dos programas
ocupacionais em funções que deveriam ser desempenhadas por
trabalhadores e que na verdade usam esses cidadãos para fazerem funções
com salários muito mais baratos aquilo que deveria ser feito por
trabalhadores efetivos da Câmara", disse. Segundo Rui Teixeira,
"podem chegar aos duzentos" os trabalhadores ao abrigo desses programas
ocupacionais que desempenham funções "na autarquia e nas juntas de
freguesia", sendo que a solução ideal seria darem entrada nos quadros da
Câmara Municipal de Ponta Delgada. "É preciso começar a dar
entrada de trabalhadores na autarquia, admitindo que não possam ser
todos estes duzentos trabalhadores no imediato. A verdade é que eles
fazem falta, porque se não fosse isso as ruas ficavam por varrer, o lixo
ficava por apanhar, os jardins ficavam por cuidar, uma série de
serviços que não seriam feitos (...). Portanto, eles têm de ser
integrados e valorizados tal como trabalhadores que são, apesar de na
verdade serem desempregados", lembrou. O candidato defendeu ainda
"uma solução imediata" para os trabalhadores que pertenciam a empresas
municipais que encerraram e que foram posteriormente integrados nos
quadros da Câmara Municipal de Ponta Delgada, e que "não sendo
despedidos" acabaram prejudicados nos seus rendimentos. "Como não
há um paralelismo entre as carreiras nas empresas municipais e as
carreiras dos trabalhadores que estão na Câmara, quando eles são
integrados na Camara são integrados com uma enorme redução de direitos e
salários podendo reduzir 20% ou 30%, uma fatia muito significativa do
ordenado", disse.