Cancelado exercício de busca e salvamento nos Açores

A Força Aérea portuguesa anunciou esta sexta feira que o exercício de busca e salvamento ASAREX 2019, previsto para a próxima semana, foi cancelado devido ao agravamento das condições meteorológicas nos Açores.


Autor: AO Online/ Lusa

“A Força Aérea informa que, por previsão de agravamento das condições meteorológicos nos Açores, o exercício de busca e salvamento ASAREX 2019, que iria decorrer na próxima semana neste arquipélago, foi cancelado”, refere em comunicado.

O ASAREX 2019 estava previsto decorrer entre 30 de setembro e 04 de outubro, a partir da Base Aérea n.º 4, nas Lajes, ilha Terceira, envolvendo a Força Aérea e Marinha portuguesas, a Royal Canadian Air Force e United States Coast Guard, contando ainda com a participação da Autoridade Marítima Nacional, do Instituto Hidrográfico e do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).

O furacão Lourenzo poderá provocar, na próxima semana, rajadas de vento de 180 quilómetros/hora nas ilhas do Faial e do Pico, um cenário que não se regista no arquipélago há 20 anos, avançou hoje a Proteção Civil.

“Estão previstos ventos extremamente fortes, que possivelmente irão ter rajadas na ordem dos 180 quilómetros/hora no Pico e no Faial, atingindo o restante grupo central [ilhas da Graciosa, Terceira e São Jorge] com rajadas na ordem dos 120 quilómetros/hora”, disse o presidente do SRPCBA, Carlos Neves, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na Terceira.

Salientando que a intensidade e a trajetória do furacão ainda poderão sofrer alterações, o responsável pela Proteção Civil dos Açores afirmou que todos os modelos meteorológicos indicam que o furacão afetará o arquipélago nos dias 01 e 02 de outubro.

“Ao contrário de situações anteriores, onde os furacões que se dirigiram para o nosso arquipélago felizmente passaram ao lado, neste caso, e segundo informações do IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera], existe mesmo uma forte probabilidade de este furação nos atingir”, frisou.

Caso se confirmem as previsões atuais, os Açores serão afetados pela pior tempestade das últimas duas décadas.