Campanha dos Bancos Alimentares contra a Fome recolhe 2.086 toneladas de alimentos
28 de nov. de 2022, 11:49
— Lusa/AO Online
O valor
representa um aumento de 24% em relação à campanha realizada em igual
período de 2021, de acordo com um comunicado da Federação Portuguesa dos
Bancos Alimentares Contra a Fome enviado à Lusa.A
segunda campanha de recolha de alimentos junto de dois mil
supermercados, depois do confinamento imposto pela pandemia da covid-19
envolveu cerca de 40 mil voluntários dos 21 Bancos Alimentares
espalhados pelo país.A presidente da
federação, Isabel Jonet, elogiou a “congregação de boas vontades, quer
dos voluntários que deram o seu tempo, quer dos milhares de doadores que
doaram alimentos, quer ainda de muitas empresas que apoiaram”.A
federação sublinhou “as necessidades acrescidas de apoio com que se
confrontam muitas famílias portuguesas, cujos rendimentos se veem cada
vez mais pressionados devido ao aumento generalizado dos preços e das
taxas de juro”.Os alimentos recolhidos vão
começar a ser distribuídos já a partir da próxima semana, contribuindo
para ajudar a suprir as necessidades alimentares de cerca de 400 mil
pessoas, apoiadas por 2.600 instituições, quer através de cabazes de
alimentos, quer através de refeições confecionadas, indicou a federação.Até
04 de dezembro, decorre também a campanha “Ajuda de Vale”, com vales
disponíveis em todos os supermercados, cada um com um código de barras
específico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo
valor é acrescentado no ato do pagamento, ou no 'site'
www.alimentestaideia.pt, um portal de doações 'online'.No
ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal
distribuíram 34.551 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 48
milhões de euros), num movimento médio de 105 toneladas por dia útil.Portugal
registou um aumento de 10,2% da inflação homóloga, em outubro, o valor
mais alto desde maio de 1992, de acordo com o Instituto Nacional de
Estatística (INE).A taxa Euribor a seis
meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, atingiu na
sexta-feira 2,374%, um máximo desde janeiro de 2009.Em
2020, quase dois milhões de portugueses estavam em risco de pobreza,
mais 200 mil pessoas do que no anterior, indica um relatório divulgado
pelo INE em janeiro.