Campanha de informação urge cidadãos e empresas a prepararem-se para pós-'Brexit' em 2021
13 de jul. de 2020, 08:34
— LUSA/AO online
A campanha vai incluir publicidade na
televisão, rádio e Internet, cartazes na rua, mensagens para os
telemóveis e eventos em videoconferência especializados e pretende
alertar para a necessidade, a partir de 01 de janeiro de 2021, de os
turistas britânicos precisarem de seguro de viagem completo e de as
empresas registo das empresas importar e exportar produtos para a União
Europeia (UE). São destacadas também
outras questões práticas, como a necessidade de preparar com quatro
meses de antecedência os papéis para levar um animal de estimação nas
férias, garantir que os documentos de identificação estão válidos e
verificar as condições de funcionamento do telemóvel no estrangeiro. “No
final do ano vamos sair do mercado único e da União Aduaneira
[europeia], independentemente de qualquer tipo de acordo alcançado com a
UE. Isto vai trazer alterações e oportunidades significativas para as
quais todos precisamos de nos preparar”, vincou o ministro do Conselho
de Ministros, Michael Gove, num comunicado. Reino
Unido e UE continuam em negociações para tentar alcançar um acordo até
ao outono para que possa ser ratificado antes de 2021, devendo uma nova
ronda começar a 20 de julho em Bruxelas. O
jornal The Times salienta hoje na primeira página que o ‘Brexit’ vai
tornar os seguros de viagem para ir de férias mais caros e o Daily
Express estima que a campanha vai custar 93 milhões de libras (104
milhões de euros). O governo britânico já
fez outras campanhas de alerta sobre o impacto da saída do Reino Unido
da UE, tendo gasto 15 milhões de libras (17 milhões de euros) nos
preparativos para a saída a 29 de março de 2019 e 46 milhões de libras
(51 milhões de euros) numa campanha sobre a saída a 31 de outubro de
2019. Entretanto, Michael Gove revelou no
domingo um pacote de 705 milhões de libras (768 milhões de euros)
destinado ao reforço das suas fronteiras para preparar o processo de
transição pós-‘Brexit’ até ao fim do ano.O
investimento, que inclui despesas a contratação de cerca de 500 agentes
da polícia para as fronteiras e infraestruturas, vai tornar as
fronteiras inglesas “as mais eficazes do mundo até 2025”, afirmou
Michael Gove.Porém, o ministro deixou para
tarde, mas ainda em julho, detalhes sobre a “situação específica na
Irlanda do Norte”, onde existe uma fronteira terrestre com a República
da Irlanda.