Câmara quer alargar videovigilância a parques de estacionamento públicos
1 de ago. de 2025, 10:06
— Carolina Moreira
O presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento
Cabral, anunciou a intenção de alargar o sistema de vigilância - que
ontem entrou em funcionamento no centro histórico da cidade - aos
parques de estacionamento públicos municipais.“Quero anunciar que a
Câmara Municipal de Ponta Delgada vai desencadear os procedimentos para
instalar um sistema de videovigilância nos parques de estacionamento
públicos municipais”, revelou ontem o autarca na cerimónia de
apresentação e arranque das 19 câmaras de videovigilância na cidade.Na
Praça do Município, Pedro Nascimento Cabral voltou a justificar a
medida com o facto de provocar um “efeito dissuasor da prática de
ilícitos de mera ordenação social e ilícitos criminais, contribuindo,
assim, para aumentar o sentimento de segurança de quem vive, trabalha ou
visita Ponta Delgada”, além de permitir a identificação e
responsabilização de eventuais infratores.“As gravações deste
sistema de videovigilância fazem prova judicial. Num determinado
processo criminal ou de inquérito, as imagens captadas podem
constituir-se como elemento de prova, que irá depois ser analisado pelo
Tribunal”, salientou ainda.Na cerimónia de ontem também marcou
presença o 2.º Comandante Regional da Polícia de Segurança Pública
(PSP), Intendente Rúben Medeiros, que assegurou que a entrada em
funcionamento das câmaras de videovigilância “em momento algum irá
substituir a presença policial de forma direta”.“O policiamento
continua a ser essencial e insubstituível e a videovigilância
constituirá um elemento complementar desta atividade policial,
permitindo uma ação tempestiva e eficaz na diminuição dos índices de
criminalidade”, destacou.Segundo o responsável da PSP, as 19 câmaras
foram instaladas com base numa “análise exaustiva e criteriosa de todo o
contexto securitário da cidade de Ponta Delgada”, considerando mesmo
que esta ferramenta será “útil e vantajosa” pelo seu “efeito
manifestamente dissuasor e preventivo”.A expectativa da PSP é que
esta medida resulte numa “potencial diminuição dos índices criminais nos
locais abrangidos pelas câmaras”, objetivando ainda uma “maior
celeridade e tempestividade no acionamento de meios policiais, o que
possibilitará a tão desejada ação policial em flagrante delito”.Na
ocasião, também o Intendente Rúben Medeiros realçou o sistema de
videovigilância como “meio de obtenção de prova”, apontando como
vantagens “o cabal apuramento da situação ocorrida, a identificação dos
autores do crime e a sua subsequente responsabilização por parte das
entidades policiais competentes”.“É nossa expectativa - atentas as
vantagens operacionais e processuais - vir a assistir a uma melhoria da
produção da missão policial com impacto direto na redução da
criminalidade geral registada, na criminalidade violenta e grave, nos
episódios perturbadores da ordem pública, nas incivilidades e ilícitos
de mera ordenação social e no sentimento de segurança da população”,
considerou.O responsável da PSP destacou ainda que a instalação do
atual sistema de videovigilância é um “processo dinâmico”, uma vez que
será sujeito a revisão após o término do prazo de concessão de três
anos.“Do ponto de vista legal, este processo de videovigilância
deverá ser alvo de uma revisão periódica, não só numa ótica de verificar
se ainda existe fundamento para a sua manutenção, mas com vista a
eventualmente aumentarmos a dimensão e o alcance das câmaras de
videovigilância para outras artérias e áreas que se revelem
pertinentes”, ressalvou.Recorde-se que as 19 câmaras foram
distribuídas pela Rua Hintze Ribeiro, Rua dos Mercadores, Rua da
Misericórdia, Rua António Joaquim Nunes da Silva, Largo da Matriz, Praça
do Município, Largo Vasco Bensaude, Rua do Aljube, Travessa do Aljube,
Rua Manuel Inácio Correia, Rua António José D’Almeida, Largo Mártires da
Pátria, Largo 2 de Março e Campo de São Francisco.