Câmara Municipal das Velas com orçamento de 11,3 milhões de euros em 2022
23 de dez. de 2021, 11:11
— Lusa/AO Online
“Trata-se
de um orçamento realista e exequível tendo por base os seus fundos
próprios, mas também as receitas provenientes no âmbito do próximo
quadro comunitário de apoio”, afirmou o presidente do município,
Luís Silveira (CDS-PP), em comunicado de imprensa.Para
2021, o município, localizado na ilha de São Jorge, aprovou um
orçamento de 14 milhões de euros, prevendo gastar 11,3 milhões em 2022.Segundo
Luís Silveira, “a despesa corrente corresponde a sensivelmente 4,5
milhões de euros e as despesas de capital a 6,5 milhões de euros, sendo
os encargos com dívida à banca na ordem dos 300 mil euros”.O
autarca, que cumpre o seu terceiro mandato, realçou que o município
mantém o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) “nos mínimos, bonificando
as famílias com filhos”, e devolve “a totalidade das receitas próprias
do Município em sede de IRS [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas
Singulares]”.Por outro lado, destacou o
aumento de apoios sociais, elencando o “significativo valor na
atribuição de bolsas de estudo aos jovens do concelho”, o “apoio à
natalidade”, o programa “SOS Idoso” e a “manutenção do apoio de um corpo
permanente de primeira intervenção para socorro à população”.Luís
Silveira disse que houve ainda um “aumento considerável de recursos
financeiros” a atribuir às juntas de freguesia, “que atinge no presente
mandato autárquico os 20%”.O presidente da
Câmara Municipal das Velas defendeu que o investimento previsto dará
“um contributo para o desenvolvimento da economia local” e acrescentou
que o município continuará sem cobrar derrama às empresas,
“permitindo-lhes reinvestirem os seus lucros no concelho, criando mais
riqueza e mantendo e gerando novos postos de trabalho”.“Este
é um orçamento que prevê criar melhores condições de vida à população,
estimular a economia local e colaborar com as nossas instituições,
acreditando que todos juntos vamos construir um concelho cada vez melhor
e onde se gosta de estar e viver”, frisou.O
documento foi aprovado em reunião de câmara com os votos a favor do
CDS-PP e a abstenção do vereador único do PS, passando igualmente na
assembleia municipal com os votos favoráveis do CDS-PP e a abstenção de
PS, PSD e CDU.Questionado pela Lusa, o
vereador socialista, Rui Sequeira, disse que o orçamento não é um
documento “mau para o concelho”, mas ”podia ir um pouco mais além e mais
de encontro às necessidades da população”.“É
um orçamento que reflete a continuidade do trabalho que tem vindo a ser
feito pelo executivo do CDS, embora inclua já algumas das nossas
pretensões, tal como a implementação de uma incubadora de empresas”,
afirmou.O socialista não deu, no entanto,
um voto favorável por considerar que o documento ainda reflete uma
“tendência para as políticas do betão”, em vez de apostar em “políticas
com benefícios diretos para as populações e para o comércio”.Rui
Sequeira defendia ainda um maior reforço de verbas para as juntas de
freguesia e um maior envolvimento da população na elaboração do
documento.