Câmara do Nordeste aprova orçamento de 8,7 milhões de euros para 2021
16 de nov. de 2020, 16:19
— Lusa/AO Online
"O
aumento, em parte, tem a ver com fundos comunitários, e também tem a ver
com o aumento das receitas do Estado para o município, que este
executivo acabou por traduzir no reforço do investimento”, explicou
à Lusa o presidente da Câmara Municipal, António Miguel Soares.Desse
investimento, o autarca destaca a construção de uma capela mortuária no
concelho e o “aumento e reabilitação do parque industrial da Vila do
Nordeste”, num montante de cerca de um milhão de euros, para o qual
conta com fundos comunitários, e que é uma “forma de atrair mais
investimento e de melhorar as condições dos empresários do concelho”.António
Miguel Soares disse que está também previsto o esforço de
“requalificação de alguns centros de freguesia e de alguns pontos de
turismo”, e a continuação da aposta “na conservação e melhoramento do
património municipal”, destacando-se a intenção de “substituição e
remodelação” de alguns dos edifícios do Plano dos Centenários, que
albergam escolas primárias.“É um plano
que, dentro da dimensão do concelho, contempla as freguesias, de forma a
que sejam obras possíveis para que as empresas de construção civil do
Nordeste tenham a possibilidade de as realizar”, afirmou o
social-democrata, e serve como “um plano de apoio às instituições e
empresas, para que se possa manter o emprego que existe”.Os
8,7 milhões de euros aprovados, na quarta-feira, em reunião de Câmara,
com os votos favoráveis da maioria social-democrata e contra do vereador
socialista, são também “uma aposta de cerca de 35% na área social”,
onde a Câmara vai “manter e reforçar os apoios à habitação degradada,
continuar a incentivar e a apoiar os programas sociais que são
disponibilizados pelo Governo regional e reforçar os apoios municipais
de emergência e de habitação social”.Quanto
ao esforço de combate à pandemia de covid-19, o concelho que foi
fustigado, durante a primeira vaga da doença, por um surto num lar de
idosos, está “atento e preparado para resolver qualquer situação menos
boa que possa acontecer”.Sem precisar
nenhuma verba, já que “a rubrica está aberta, com um valor residual, mas
preparada para utilização daquilo que for necessário para a ajuda da
população”, o autarca adianta que a Câmara está pronta para agir,
garantindo “realojamento, alimentação e tudo aquilo que for preciso”.Durante o ano de 2020, a autarquia disponibilizou cerca de 150 mil euros para o esforço de contenção da doença.“Se,
na primeira vaga, todas as iniciativas que foram tomadas, acabaram por
resultar, entendemos que não devemos alterar aquilo que correu bem.
Estamos preparados, com o nosso plano municipal, para avançar em força,
caso seja necessário, em colaboração com as entidades governamentais”,
afirmou António Miguel Soares.Em termos de
impostos, serão aplicadas as taxas máximas de IMI, que, no caso de
prédios urbanos, é de 0,45%, e de derrama, de 1,5%, já que o concelho se
encontra em processo de reequilíbrio orçamental, ao abrigo do Fundo de
Apoio Municipal, estimando arrecadar 11.456 euros com a derrama e
418.739 euros com a cobrança do IMI.O
autarca destacou que, apesar de o município ter de aplicar as taxas
máximas, no que toca ao IMI, os nordestinos irão beneficiar, em média,
de uma poupança de 5% em relação ao ano anterior, devido a um
ajustamento na classificação das zonas, que baixou a taxa aplicável em
várias partes do concelho.O orçamento
municipal segue para discussão em Assembleia Municipal, composta por 16
deputados do PSD e oito do PS, em data ainda por determinar.