Câmara do Comércio de São Jorge preocupada com impacto de greve na Atlanticoline
8 de jul. de 2024, 17:56
— Lusa/AO Online
Em
nota de imprensa, o presidente da CCISJ, João Paulo Oliveira,
considerou que a convocação de greve entre 12 de julho e 12 de agosto “é
claramente prejudicial às empresas das Ilhas de São Jorge, Pico e Faial
e acarretará consequências caóticas e prejuízos significativos”.O
sindicato que representa os maquinistas da Atlanticoline apresentou um
pré-aviso de greve, entre 12 de julho e 12 de agosto, alegando que a
administração da empresa não está a cumprir com o pagamento de horas
extraordinárias.Entre março e abril, a
Atlânticoline cancelou mais de 50 viagens entre as denominadas ilhas do
Triângulo (Faial, Pico e São Jorge) devido a uma greve dos maquinistas,
que exigiam melhores condições salariais.Na
nota agora divulgada, o núcleo empresarial alerta que a greve
“dificultará a mobilidade interilhas, resultando em cancelamentos e
alterações de planos de viagem por parte dos turistas”.“É
imperativo assegurar a reposição da normalidade das ligações da
Atlanticoline e implementar medidas mitigadoras destas possíveis,
futuras, situações”, afirma o dirigente.De
acordo com o responsável da CCISJ, “é essencial encontrar um equilíbrio
de posições, salvaguardar os direitos e as expectativas dos
trabalhadores, a sustentabilidade da empresa e o serviço aos açorianos,
que em muito dependem da sua laboração eficiente”.Considerando
os impactos que esta greve trará à economia, à circulação de pessoas,
ao transporte de bens e ao serviço a turistas, a CCISJ, em
“representação do tecido empresarial da Ilha de São Jorge e demais
empresas açorianas prejudicadas, vem, assim, apelar ao diálogo e à
concertação”, lê-se na nota.João Paulo
Oliveira quer um entendimento e defendeu que, “a negociar-se uma
desconvocação” da greve, deve “assegurar-se assim as ligações
hipoteticamente perdidas nesses 30 dias”.