Autor: Lusa/AO Online
A Associação Empresarial das ilhas de São Miguel e Santa Maria espera que “o Plano de Recuperação e Resiliência venha a ter um importante papel na retoma da atividade económica, embora se lamente que o montante financeiro afeto aos Açores e a sua distribuição pelos diversos eixos de intervenção não tenha acompanhado adequadamente as propostas que as associações empresariais foram apresentando”.
Ainda assim, mantém “elevadas esperanças relativamente à aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência”, bem como “no novo plano financeiro plurianual comunitário, que, se bem aplicados, poderão introduzir alterações estruturais, de maior sustentabilidade na economia regional, de geração de riqueza e de criação de postos de trabalho”, lê-se num comunicado.
No seu balanço socioeconómico de 2020, a Câmara do Comércio de Ponta Delgada lembra que “2020 foi o ano de todas as surpresas e incertezas, oscilando entre perspetivas muito otimistas no início do ano, designadamente para o turismo, e o desalento com o aparecimento da pandemia e as suas consequências”.
A direção elogia “o esforço e a resiliência que as empresas demonstraram ao longo, deste ano, constituindo-se como um pilar fundamental na manutenção de postos de trabalho” em “condições de dificuldade nunca experimentadas, envolvendo seus sócios, acionistas, gestores e trabalhadores, evidenciando todos um enorme sentido de realismo, responsabilidade e vontade de suplantar os impactos profundos que esta pandemia tem trazido”.
Realça, também, “como muito relevantes, as medidas públicas de apoio, nacionais e regionais, que foram sendo criadas ao longo do ano, embora nem sempre na altura certa e na sua adequação total às necessidades”.
Para 2021, a associação empresarial espera “uma retoma da atividade económica principalmente no 2.º semestre”, mas refere que, “na economia geral, a perspetiva aponta para uma recuperação de cerca de 5%, quando comparado com 2020, com valores muito aquém dos de 2019”.
A Câmara do Comércio de Ponta Delgada aponta como “motivo de esperança” as “novas políticas anunciadas pelo Governo Regional, designadamente ao nível do alívio fiscal para as empresas e para as famílias, bem como no compromisso de reforçar e dar prioridade ao pilar privado da economia açoriana”.
Os representantes dos
empresários do grupo oriental desejam, ainda, que “o processo de
recuperação da SATA se desenvolva de forma escorreita e positiva,
viabilizando e criando a sustentabilidade de uma empresa fundamental
para a mobilidade dos açorianos e esperando também que o processo de
reestruturação do Setor Público Empresarial regional venha a ocorrer de
uma forma incisiva, tendo em conta o que foi a ilusão do passado a este
nível”.