Autor: Lusa/AO Online
"Para a CCIH, a falta de liquidez vai matar as empresas", adverte, em comunicado, a direção da associação empresarial, que representa os empresários das ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo, lembrando que as empresas "precisam agora de liquidez e não de crédito", como propõem os programas nacionais de apoio ao tecido empresarial, para minimizar os impactos financeiros provocados pela pandemia da Covid-19 na região.
Para o presidente da CCIH, David Marcos, os problemas que muitas empresas açorianas atravessam, sobretudo as que estão ligadas ao setor do turismo, resolvem-se com uma "injeção direta de liquidez", nomeadamente no reforço dos seus capitais próprios ou outros investimentos financeiros, e não através da utilização de linhas de crédito.
"A CCIH considera que, nos Açores, estamos a perder um tempo precioso, que devíamos aproveitar para fazer, desde já, um plano de recuperação económica para todas as ilhas", adianta o mesmo comunicado, recordando que "as vendas perdidas nunca serão recuperadas".
Para esta associação empresarial, está na altura de as instituições de crédito prestarem apoio ao tecido empresarial regional, em vez de continuarem a exigir garantias às empresas e até "avales pessoais" aos empresários que recorrem a empréstimos bancários.
"O tempo do protecionismo aos bancos já acabou e devem mudar o seu paradigma e modelo de negócios para os Açores, caso contrário também sofrerão as consequências de tudo isto", alerta David Marcos, recordando que "é tempo de dar prioridade às pessoas e às empresas" para evitar que o desemprego aumente "drasticamente".
O
Governo dos Açores reforçou no arquipélago as medidas de apoio criadas
pela República, de ajuda às empresas e aos empresários em nome
individual, através de apoios à tesouraria e ao 'lay-off', num
investimento de 45 milhões de euros, que segundo o vice-presidente do
executivo, Sérgio Ávila, faz com que "nenhuma empresa" tenha
justificação para despedir trabalhadores nos próximos três meses.