Câmara de São Roque do Pico quer recuperar tempo perdido e realizar obras em 2019
31 de dez. de 2018, 08:55
— Lusa/AO Online
"Estamos a falar
de obras de abastecimento de água, estamos a falar de estruturas de
acolhimento empresarial e de desenvolvimento do nosso tecido económico,
como a incubadora de empresas e a infraestruturação do parque
empresarial de Santo António", explicou o autarca, em declarações aos
jornalistas.O
Orçamento para 2019 da Câmara Municipal de São Roque, o menos populoso
dos três concelhos da ilha do Pico, é de 6,7 milhões de euros (um valor
superior ao de 2018), dos quais 3,4 milhões se destinam a investimento,
que será canalizado para investimentos "estruturais", segundo o autarca
socialista."Temos
também obras com caráter mais de embelezamento, para continuarmos a
reforçar aquele que é o nosso grande cartão de visita, que é sermos a
capital do turismo rural e um concelho virado para o turismo", realçou
Mark Silveira, que está a cumprir o segundo mandato como presidente do
município.Apesar
do aumento previsto em matéria de investimento público para 2019, o
autarca de São Roque do Pico considera que o Plano do município para o
próximo ano é, apesar de tudo, "realista". "Este
é o plano possível. O desejado seria de muitos mais milhões, mas este é
o possível de acordo com as receitas do município, ou seja, é um plano
realista", realçou Mark Silveira, recordando que alguns dos
investimentos previstos estão a ser preparados há cerca de cinco anos.Apesar
disso, a bancada do PSD na Assembleia Municipal votou contra as
propostas de Plano e Orçamento da Câmara para 2019, exatamente por
muitas das obras agora previstas terem transitado de ano para ano, sem
nunca terem sido concretizadas.Numa
declaração de voto, apresentada na ocasião, os deputados municipais do
PSD, liderados por José Carlos Garcia, justificaram o voto contra, com o
facto do Plano e Orçamento "não refletirem um programa concertado com o
poder local", sobretudo nas áreas da cultura e do turismo.Os
sociais-democratas criticaram também o processo, que consideram ter
sido pouco transparente, da contratação de mais de duas dezenas de
funcionários por parte da autarquia, apesar de elogiarem as medidas de
apoio à criação de emprego no concelho.