Autor: Lusa/AO online
"O prazo das notificações judiciais para regularizar os pagamentos está a terminar. Apenas quatro famílias vieram resolver a situação, pelo que, se não houver mais nenhuma regularização, vamos entrar com ações de despejo", afirmou Marco Sousa, administrador delegado da Ribeira Grande Mais.
A falta de pagamento de rendas sociais neste concelho da costa norte de S. Miguel nos Açores, arrasta-se em alguns casos "há mais de sete anos", o que levou a empresa municipal a avançar com notificações judiciais avulsas junto dos agregados familiares, tendo em vista a liquidação dos valores em atraso, que variam "entre 200 e 1.200 euros".
Marco Sousa revelou que se trata de famílias que vivem em bairros sociais "desde Rabo de Peixe até à Ribeirinha", cuja "renda média mensal ronda os 22 euros".
"Do total de 49 notificações, apenas quatro vieram resolver a situação", frisou Marco Sousa, para quem "a situação de crise não é explicação para tudo", já que as famílias em falta "não procuram a empresa municipal, que disponibiliza planos de pagamento das rendas em atraso".
Para responder a esta situação, a empresa municipal "vai dar início às ações de despejo junto do tribunal", já que "está a terminar o prazo de 90 dias" dado nas notificações judiciais.
"Esta é uma forma de responsabilizar as famílias, que têm o dever de pagar um pequena contribuição pelo fato de lhes ter sido concedida uma habitação", frisou Marco Sousa.
No concelho da Ribeira Grande existem 15 bairros sociais, com cerca de 500 habitações.