Calamidade permite cercas sanitárias e limitações à atividade económica
Covid-19
20 de out. de 2020, 16:16
— Lusa/AO Online
“A situação de
calamidade é adequada ao atual estado de evolução da pandemia, porque
permite acionar todos os planos de proteção civil (…) e estabelecer
limitações ao funcionamento de atividades económicas”, como horários e
número de pessoas dentro de estabelecimentos comerciais e restaurantes,
disse aos jornalistas Eduardo Cabrita. Na
conferência de imprensa realizada após a reunião do Centro de
Coordenação Operacional Nacional, realizada na Autoridade Nacional de
Emergência e Proteção Civil (Oeiras), o ministro precisou que a situação
de calamidade possibilita que as estruturas de proteção civil ao nível
nacional, regional e local estejam “plenamente acionadas”.“Permite
que os ministros da Administração Interna e da Saúde tomem, a qualquer
momento e se necessário, medidas de caráter limitado territorialmente em
zonas ou municípios mais afetados”, afirmou, sublinhando que a cerca
sanitária é um instrumento que está previsto na Lei de Bases de Proteção
de Civil.Eduardo Cabrita, que preside à
estrutura de monitorização que acompanha a situação de calamidade, disse
ainda que o Governo faz “uma avaliação permanente das medidas
necessárias de contenção da pandemia”. Portugal
Continental está desde 16 de outubro em situação de calamidade, nível
máximo de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil, para
travar a expansão da pandemia, situação que se vai prolongar, pelo
menos, até 31 de outubro.