Cadernetas da CGD vão continuar a poder ser usadas em 2018 como meio de pagamento
29 de dez. de 2017, 12:35
— Lusa/AO online
Em
junho um administrador da CGD explicou, num encontro com jornalistas,
que a legislação europeia considera que as cadernetas como meio de
pagamento não cumprem regras de ‘compliance’ (cumprimento de regras e
transparência) por não terem ‘chip’, pelo que iam deixar de ser
utilizadas como meio de pagamento a partir do próximo ano. Atualmente,
nas caixas automáticas específicas para cadernetas, disponíveis das
agências da CGD, os clientes podem usar as cadernetas para fazer
pagamentos de serviço, como luz ou telecomunicações.Contudo,
contactada a CGD para saber se esta alteração ia mesmo avançar em 2018,
fonte oficial disse que “a caderneta continuará a ser utilizada como
meio para movimentação de conta em 2018, caso não haja uma alteração
legislativa que o impeça”.Segundo
explicou o banco público, é que apesar de a revisão da diretiva
comunitária de serviços de pagamento “entrar em vigor em Portugal em 13
de janeiro de 2018, apenas em 2019 se tornam obrigatórios certos
requisitos do cumprimento das mesmas”, pelo que até lá a caderneta
continuará a ser usada.A
caderneta bancária pode ser usada para fazer levantamentos e depósito
de dinheiro ao balcão e para funções de consulta e movimentação da conta
em caixas automáticas ou no balcão.Além disto, serve como meio de pagamento nas caixas automáticas dedicadas às cadernetas que existem nas agências da CGD.No
início de 2017, a CGD passou a cobrar alguns valores em movimentos com
cadernetas, para desincentivar o seu uso, como a atualização da
caderneta no balcão, que custa um euro.O
administrador da CGD José Guilherme disse em junho que, no banco
público, ainda são centenas de milhares os clientes que não têm cartão
de débito, mas apenas caderneta.A
Lusa questionou fonte oficial do banco sobre o número de clientes exato
que só tem caderneta, mas até ao momento não obteve informação.Em
Portugal, as cadernetas mais conhecidas e disseminadas são as da CGD,
mas há outros bancos que também as disponibilizam, como o Crédito
Agrícola.