“Cada um tem o seu tempo e este tempo não me pertence”
19 de dez. de 2023, 12:43
— Lusa/AO Online
“Cada um tem o
seu tempo e este tempo não me pertence. E, portanto, devemos deixar o
espaço a quem pertence o tempo para fazer aquilo que é preciso. O que eu
posso formular é um desejo muito sincero de que o PSD possa estar
preparado para os tempos que aí vem”, disse o antigo líder
social-democrata aos jornalistas no Campus da Justiça, onde foi depor
como testemunha no julgamento do Caso EDP.Sublinhando
que será necessário um Governo “que possa inspirar confiança às
pessoas”, Passos Coelho disse acreditar numa vitória social democrata
nas eleições de 10 de março: "Espero evidentemente que o PSD possa ser o
partido liderante nessa fase nova que se vai abrir, não porque é o meu
partido - acho que todos compreenderiam que eu desejasse que o meu
partido pudesse ganhar as eleições - e confio que sim, que isso
acontecerá”.Para o antigo
primeiro-ministro, o "país vai precisar seguramente de um governo que
tenha não apenas um rumo bem definido, mas que possa inspirar confiança
às pessoas para inverter uma degradação extraordinária de uma parte
muito significativa das políticas públicas que são importantes para o
crescimento da nossa economia"."Muitas das
políticas públicas degradaram-se extraordinariamente nestes anos, da
saúde à educação, as questões relacionadas com a habitação" e "até à
segurança", porque "há aspetos muito relevantes que envolvem a segurança
da sociedade portuguesa e dos portugueses que estão em causa",
sustentou. No seu entender, Portugal
precisa de "um governo esclarecido, que tenha um rumo bem definido e que
tenha força, que é como quem diz, autoridade moral, para conduzir uma
política diferente".