Caça vai ser interditada na ilha de São Miguel devido a doença no coelho bravo
6 de ago. de 2020, 11:47
— Lusa/AO Online
"Esta decisão resultou da posição unânime
recolhida durante a reunião do Conselho Cinegético de São Miguel,
realizada na quarta-feira", adianta uma nota enviada às redações pela
Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.A
reunião contou com representantes das associações Agrícola de S.
Miguel, de Jovens Agricultores, de Caçadores de Vila Franca do Campo,
Associação Micaelense de Caça, Associação Portuguesa de Falcoaria e da
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).A
decisão da secretaria, através da Direção Regional dos Recursos
Florestais, será publicada sexta-feira em Jornal Oficial, prevendo-se
também a proibição da libertação de cães de caça em qualquer tipo de
terrenos onde exista ou ocorra fauna cinegética.Além
da interdição, na reunião do Conselho Cinegético de São Miguel ficou
ainda acordado fazer um novo ponto de situação em setembro, logo que
existam dados da monitorização em curso e o surto seja dado como
extinto.Nessa altura, proceder-se-á à
revisão do calendário venatório, no sentido de ajustar a pressão de caça
de acordo com os resultados da monitorização, Apesar
desta interdição da caça em toda a ilha de São Miguel "continua a ser
possível recorrer a correções de densidade sempre que a abundância das
espécies cinegéticas cause prejuízo nas culturas agrícolas", explica
ainda o executivo regional.A nova variante
da DHV chegou aos Açores em finais de 2014, sendo o vírus transmitido
por contacto direto entre coelhos doentes, contacto com material
orgânico proveniente de coelhos doentes ou através de vetores vivos e de
objetos contaminados.Os caçadores e os cães de caça funcionar como um meio de disseminação da doença.