Caça ao coelho-bravo reabre domingo na ilha açoriana de São Miguel
11 de set. de 2020, 15:39
— Lusa/AO online
A decisão da secretaria
regional da Agricultura e Florestas, através da Direção Regional dos
Recursos Florestais, teve em conta uma avaliação numa reunião do
Conselho Cinegético de São Miguel, "tendo sido unânime que o esforço de
caça devia ser aumentado e começar de imediato".De
acordo com uma nota do Governo dos Açores, "o esforço de caça acrescido
justifica-se pelas elevadas densidades de coelho-bravo verificadas na
zona central da ilha" de São Miguel, "através de censos realizados e
constante monitorização por parte dos Serviços Florestais, e pela
necessidade de exercer uma pressão de caça sobre a espécie" para que
"sejam minimizados os prejuízos nas culturas agrícolas, já em produção e
a instalar no próximo mês".A secretaria
regional da Agricultura informa que "as zonas onde será possível caçar
compreendem sensivelmente a área central da ilha de São Miguel", estando
acessível o mapa disponibilizado através do Portal das Florestas do
Açores, em http://drrf-sraa.azores.gov.pt."As
zonas onde passará a ser possível caçar abrangem as áreas onde foram
solicitadas e autorizadas correções de densidade, deixando, contudo, uma
margem de segurança para as áreas onde têm sido identificados coelhos
mortos, entretanto confirmados com DHV", sublinha a nota.A
caça é autorizada inicialmente apenas pelo processo de corricão e passa
a considerar, além do já habitual domingo, também as quintas-feiras,
até ao final do mês de outubro. Na caça
pelo processo de corricão, o caçador, com o auxílio de cães de caça,
captura ou abate determinada espécie cinegética, com ou sem pau. Só é
permitido para o coelho-bravo. A nota
divulgada pelo Governo Regional diz ainda que a caça pelos restantes
processos tem início em 20 de setembro e estende-se até ao final de
dezembro.O Governo dos Açores interditou
no início de agosto a caça em toda a ilha de São Miguel devido ao
surgimento de "um novo foco do surto de doença no coelho bravo, situação
cuja evolução tem vindo a ser devidamente acompanhada e monitorizada"."Apesar
da interdição da caça em toda a ilha de S. Miguel, continuou e
continuará a ser possível recorrer a correções de densidade sempre que a
abundância das espécies cinegéticas cause prejuízo nas culturas
agrícolas", sublinha a secretaria regional da Agricultura e Florestas.