Buscas realizadas no Turismo dos Açores envolvem crimes de abuso de poder
13 de mar. de 2019, 16:55
— Lusa/AO Online
A Polícia Judiciária de
Ponta Delgada anunciou em 27 de fevereiro que nesse dia, e no anterior,
foi realizada uma operação por suspeitas de “fraude para a obtenção de
subsídio, peculato, falsificação de documentos e participação económica
em negócio" na Associação Turismo dos Açores (ATA).Fonte policial confirmou à Lusa, na altura, que o presidente do organismo, Francisco Coelho, tinha sido constituído arguido.Esta quarta-feira,
numa nota divulgada na sua página da internet, a PGDL indica que, além
daqueles quatro crimes, são investigados crimes de "abuso de poder",
tendo sido realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias à ATA,
bem como a "alguns dos seus dirigentes e a empresas com ela
relacionados"."Foram constituídos e
interrogados, na qualidade de arguidos, cinco pessoas. Na operação
desencadeada, para cumprimento dos mandados de busca emitidos pelo MP
[Ministério Público] e pelo juiz de instrução criminal, foi apreendido
um acervo considerável de documentação física e digital", acrescenta a
PGDL, sublinhando que o inquérito se encontra em segredo de justiça.Também
em 27 de fevereiro, a companhia aérea SATA confirmou que recebeu nesse
dia inspetores da Polícia Judiciária, tendo manifestado disponibilidade
para facultar toda a informação que lhe foi solicitada.A
operadora referiu que “não tem conhecimento de ser alvo de qualquer
investigação no âmbito deste processo” e reafirmou que “está,
naturalmente, absolutamente disponível para colaborar com as entidades
competentes”.A SATA foi um dos sócios
fundadores, a par do Governo dos Açores, da Associação Turismo dos
Açores, que, entretanto, ambos abandonaram.As
investigações decorrem sob orientação do MP de Ponta Delgada, sendo
este órgão coadjuvado pela PJ - Direção de Investigação Criminal de
Ponta Delgada e pelo Organismo Europeu de Luta Anti-Fraude.